quinta-feira, 22 de agosto de 2013

Deputada Bernadete ten Caten traça perfil dos problemas que afligem o Oeste do Pará

  

A deputada Bernadete ten Caten, líder da bancada do Partido dos Trabalhadores na Assembleia Legislativa do Estado, usou, nesta manhã, o grande expediente, para fazer um balanço das atividades que ocorreram semana passada, por ocasião da sessão itinerante da Casa no Oeste do Estado, mais especialmente em Santarém e Oriximiná. Os deputados também visitaram outros municípios da região, como Belterra e Mojuí dos Campos, onde as lideranças locais aproveitaram esses momentos para destacar suas inquietudes, anseios, bem como, para denunciar que a situação é caótica nessa importante região, assim como se observam em outros pontos do Pará, como as regiões sul e sudeste. 
Frisou a parlamentar petista que a reclamação é geral quando se trata de infraestrutura de estradas para escoamento da produção, o que é altamente prejudicial não apenas para a região, como para todo o Pará, afinal, faltam pontes, abertura e conservação das estradas vicinais, por onde poderiam ser escoadas as produções de grãos e de frutas, diversificando a cultura alimentar do Estado que se vê obrigado a importar alimentos de outras praças, como Goiás e São Paulo, por exemplo. 
Denuncia Bernadete que em função da falta de estradas e do difícil acesso, até mesmo os assentamentos estão partindo para a pecuarização, afinal, como é que os trabalhadores poderão produzir grãos e frutas, se não terão como escoar essa produção para abastecer os principais mercados do Estado? 
Deste modo, Bernadete sugere que a Assembleia promova uma ajuda para que as prefeituras dessas cidades do Oeste do Pará, possam recuperar estradas e abrir novas vias por meio de emendas no Orçamento do Estado, caso o governo estadual não tome urgente providências nesse sentido. 
COMUNICAÇÃO 
 Um grave problema verificado pelos deputados nessa região e que é destacado por Bernadete, diz respeito à questão da comunicação. Não há investimentos pelas operadoras e, desta forma, ainda existem muitas localidades, distritos e vilas onde seus habitantes não têm telefone celular porque o sinal das operadoras não chega nesses locais. 
Deste modo, a deputada Bernadete frisa a importância de o governo do Estado criar mecanismos para que as operadoras possam investir em tecnologia, levando o sinal e, consequentemente, proporcionando a comunicação de todos os cidadãos paraenses através da telefonia celular móvel. Para tal, sugere a parlamentar que seja feita uma emenda no Orçamento do Estado, com o que o governo estará dotado dos recursos orçamentários para fazer com que esse anseio da população seja alcançado o quanto antes. 
EDUCAÇÃO 
Também durante a sessão itinerante da Assembleia Legislativa do Estado em Santarém, ficou patente a péssima situação dos alunos dos ensinos Médio e Fundamental, principalmente, os de educação indígena, cujos professores foram demitidos e, até o momento, não ocorreu a conseqüente substituição por outros profissionais para atender a demanda. 
De acordo com a deputada líder do PT, também o ensino modular está abandonado, com ausência de professores e, neste momento, é importante que os parlamentares exijam da Seduc, explicações para este estado de “coisa”, bem como, para onde foram carreados os recursos de cerca de R$ 800 milhões do Pacto pela Educação. Bernadete lembra que esse Pacto pela Educação foi criado, com investimentos de recursos, para que o Estado possa dar uma direção nos ensinos Fundamental e Médio que ficaram entre os piores do país, após a avaliação através do ENEM. 
Na mesma oportunidade, Bernadete lembrou da conquista da Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará, que foi um trabalho seu com diversos outros parlamentares e pessoas engajadas na questão da educação, com idas e vindas a Brasília, no Ministério da Educação, na Câmara dos Deputados e no Senado, num processo que se estendeu por cerca de oito anos. Ela anunciou que a Unifesspa já vai promover concurso público para contratação de professores e que, no próximo ano, já deve fazer o seu primeiro processo seletivo, mas teme que os estudantes das regiões contempladas sejam, verdadeiramente, os únicos a não poderem ingressar na tão sonhada universidade em razão da péssima qualidade dos ensinos Médio e Fundamental, bases para que se chegue ao Ensino Superior. Assim, finaliza a deputada, “é necessário que se veja o que está acontecendo e se possa construir um caminho a partir dos esclarecimentos da própria Seduc acerca da aplicação dos recursos para o Pacto pela Educação, anunciado com tanta festa pelo governo do Estado”. 
Bermadete propõe que estado baixe o ICMS para a taxa de energia elétrica 
Ainda em seu pronunciamento da manhã de hoje, a deputada Bernadete ten Caten destacou a questão da má qualidade e da alta taxa da energia elétrica que chega às unidades consumidoras da região oeste do Pará. De acordo com a parlamentar do PT, esse alto custo da tarifa elétrica decorre do ICMS alto que é pago pelo consumidor, via Celpa, ao governo do Estado. Por esta razão, Bernadete lembrou que o governo do Estado perdoou as grandes mineradoras, baixando a taxa mineraria, que poderia chegar a quase R$ 1 bilhão por ano para o erário e, assim, pode fazer o mesmo com o ICMS aplicado ao consumidor. “Se o Estado pode baixar a taxa mineraria que seria paga pelas mineradoras que têm muito dinheiro, por que não pode diminuir o ICMS do consumidor que vive nas piores dificuldades?” questionou, explicando que isso será alvo de debates e que a bancada do PT deve trabalhar nesse sentido, a fim de que a população também possa ser contemplada com a benevolência do Estado.

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