A região atingida é conhecida por ser um reduto do grupo fundamentalista Hezbollah. A polícia não soube informar se o ataque visava um membro específico da organização terrorista, mas afirmou que a bomba explodiu em um bairro residencial.
Em um vídeo divulgado pelo YouTube pouco depois do ataque, três
homens mascarados e segurando armas dizem fazer parte do grupo
responsável pelo atentado. Eles estão ao lado de um sinal árabe contendo
o credo islâmico: "Não há Deus a não ser Alá e Maomé é o mensageiro de
Alá".
Testemunhas disseram que o atentado foi realizado com o uso de um
carro-bomba. O bairro foi tomado por ambulâncias e veículos dos
bombeiros. Imagens veiculadas pela rede de televisão mantida pelo
Hezbollah mostram carros e casas incendiados. Uma espessa fumaça negra
também pode ser vista ao céu.
“Eu não sei o que aconteceu aqui. Parece que nós fomos atingidos
por um terremoto”, disse um jovem morador do bairro. A imprensa local
informou que muitas pessoas estão presas dentro de apartamentos próximos
a um complexo onde militantes do Hezbollah moram. Algumas testemunhas
afirmaram que apoiadores do grupo terrorista fizeram um cordão de
isolamento para impedir o acesso ao local.
As autoridades acreditam que o ataque tem motivação na guerra civil
síria, cujas consequências atingem o Líbano. Relatos de confrontos
entre xiitas apoiadores do ditador sírio Bashar Assad e sunitas, que
respaldam as ações dos grupos rebeldes, se tornaram frequentes nos
últimos dois anos. O ataque desta quinta-feira ocorre cerca de um mês
após a explosão de um carro-bomba deixar 53 feridos na mesma vizinhança.
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