segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

Teste antidrogas de Francesco Schettino dá negativo


Tempo ideal para aplicação do exame, contudo, já havia passado

Foto não datada do comandante do Costa Concordia, Francesco Schettino Foto não datada do comandante do Costa Concordia, Francesco Schettino (Reuters)
O teste toxicológico feito por Francesco Schettino, capitão do cruzeiro que naufragou em 13 de janeiro em frente à ilha italiana de Giglio, deu negativo, informou nesta segunda-feira o seu advogado. Bruno Leporatti disse que agora está provado que seu cliente não estava sob o efeito de entorpecentes no momento do acidente, hipótese anteriormente cogitada.


Entenda o caso


  1. • O navio Costa Concordia viajava com mais de 4.200 pessoas a bordo quando bateu em uma rocha junto à ilha italiana de Giglio, na noite do dia 13 de janeiro.
  2. • A colisão abriu um grande buraco no casco do navio, que encheu de água, encalhou em um banco de areia e virou.
  3. • Treze mortos foram confirmados até agora.
  4. • Os trabalhos de buscas são coordenados com a tarefa de retirar as 2.400 toneladas de combustível do navio, sob o risco de contaminação da área do naufrágio.

Contudo, a imprensa italiana informou que Schettino foi submetido a exames toxicológicos para determinar se havia ingerido drogas ou bebidas alcoólicas no dia do acidente depois que o tempo ideal para a aplicação do teste havia passado.
Atualmente, Schettino está em prisão domiciliar. Ele é acusado de homicídio culposo múltiplo, naufrágio e abandono de navio. Porém, a sua defesa argumenta que ele avisou a companhia de navegação Costa Cruzeiros após o impacto e que a saída da rota para realizar a chamada "saudação" à ilha estava autorizada, o que a empresa nega.
Os promotores de Grosseto, no centro da Itália, que conduzem as investigações, ouviram nesta segunda-feira o comandante da Capitania dos Portos de Livorno, Gregorio de Falco. Ele ordenou em vários telefonemas que Schettino voltasse ao navio para coordenar a operação de resgate dos passageiros.
Nas próximas horas, chegará à ilha de Giglio o navio oceanográfico da Marinha militar italiana para buscar no fundo do mar as 20 pessoas que ainda estão desaparecidas. No domingo um novo corpo foi encontrado, elevando para 13 o número de mortos no naufrágio.
(Com agência EFE)

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