terça-feira, 24 de janeiro de 2012

Número de corpos resgatados em navio italiano sobe para 16


Unesco pede que Itália limite navegação de cruzeiros em locais que são patrimônio mundial

com agências internacionais
Publicado:
Atualizado:
Uma plataforma para retirada de combustível é posicionada ao lado do Costa Concordia REUTERS
Uma plataforma para retirada de combustível é posicionada ao lado do Costa Concordia
Foto: REUTERS
GIGLIO, Itália — Mergulhadores italianos encontraram nesta terça-feira mais um corpo dentro do cruzeiro Costa Concordia, que naufragou no último dia 13 após bater em rochas na costa da Ilha de Giglio. Em carta, a Unesco pediu que o governo italiano limite o acesso de navios de cruzeiros em áreas culturalmente e ecologicamente importantes.
Pelo menos mais 16 pessoas ainda estão desaparecidas, mas denúncias de que haviam clandestinos na embarcação mostram que pode haver mais vítimas. Já são 16 as mortes confirmadas. O cadáver encontrado nesta terça, que seria de uma senhora, estava no terceiro deque do navio. Ela vestia o colete salva-vidas.
Em correspondência ao ministro do Meio Ambiente, Corrado Clini, a Unesco destaca que "o trágico acidente do Costa Concordia, em 13 de janeiro, reforça as preocupações sobre os riscos que grandes navios podem provocar em locais que são patrimônio mundial, em particular a Laguna de Veneza e a Bacia de São Marco". O impacto da movimentação das embarcações em Veneza compromete a estrutura dos edifícios e aumentam a poluição. O documento também lamenta os prejuízos causados pelo naufrágio do Costa Concordia e elogia os esforços das equipes de resgate.
As autoridades já começaram os preparativos para retirar as mais de duas mil toneladas de combustível do navio naufragado. A busca pelos desaparecidos, a princípio, não será interrompida. A operação só deve começar a bombear o combustível efetivamente a partir do sábado e, se tudo der certo, não será interrompida até que todo o material seja recolhido.
Schettino diz que diálogo com De Falco foi mal entendido
Em mais um trecho do depoimento do capitão Francesco Schettino divulgado pela imprensa italiana, o comandante diz que houve um “mal entendido” com o oficial Gregorio De Falco, da Guarda Costeira. A gravação do diálogo dos dois revoltou os italianos, que apelidaram Schettino de “capitão covarde” e fizeram camisas com a frase “Vada a bordo, cazzo!”, proferida em um rompante do oficial que estava em terra.
- Acho que tinha entendido que eu não queria ir. Eu disse: ‘olha, não tem como eu ir lá’. Se ele me encorajasse, diria: ‘comandante, temos um helicóptero aqui, o pegaremos e te colocaremos a bordo’. Eu lhe disse: ‘mas como vou a nado?’ Ele podia... Houve uma pré conclusão, como se eu realmente não quisesse ir lá - afirmou Schettino.

Nenhum comentário:


Fornecido Por Cotação do Euro