domingo, 22 de janeiro de 2012

Itália identifica 8 de 12 mortos do Costa Concordia


Chefe de proteção civil afirma haver a possibilidade de que passageiros 'ilegais' estivessem no navio no dia do naufrágio

iG São Paulo
Oito dos 12 mortos no naufrágio do cruzeiro Costa Concordia foram identificados, informou neste domingo a rede britânica BBC citando funcionários italianos, sendo que quatro das vítimas são francesas, uma é italiana, uma é húngara e a última alemã.

Foto: AP
Um homem fotografa objetos que estavam dentro do navio Costa Concordia na Ilha de Giglio, na italiana Toscana
O anúncio foi feito enquanto as equipes de resgate retomaram as buscas em partes do navio acima do nível da água, já que a agitação do mar impediu o mergulho. O último corpo retirado de dentro da embarcação naufragada foi de uma mulher encontrada pelos mergulhadores no sábado.
Há ainda 20 desaparecidos, com o chefe de proteção civil Franco Gabrielli, que é encarregado dos esforços de resgate, tendo afirmado que há a possibilidade de que passageiros não registrados estivessem a bordo do cruzeiro quando ele tombou perto da Ilha de Giglio, na Toscana, depois de ter batido em uma rocha a 150 metros da costa em 13 de janeiro.

Um dos casos desse tipo seria o da moldava Dominika Cermortan, 25 anos, que jantava com o comandante do navio no dia do acidente. Seu nome não consta da lista de passageiros nem na da tripulação.
- Infográfico: Saiba o que aconteceu com o Costa Concordia
- Opções: Especialistas apontam possíveis 'destinos' para Costa Concordia
Segundo Gabrielli, o corpo da mulher encontrada no sábado ainda não foi identificado, mas poderia ser uma húngara cujo nome não estava na lista de embarque. De acordo com ele, parentes da húngara disseram às autoridades italianas que ela lhes telefonou de dentro do Costa Concordia, não tendo feito mais nenhum contato desde o dia do acidente.
Até agora, a informação era de que mais de 4,2 mil passageiros e tripulantes estavam no cruzeiro, que sofreu o acidente depois de seu capitão, Francesco Schettino, ter resolvido aproximá-lo da ilha para saudar um colega.
Schettino, 57, está em prisão domiciliar desde o dia 18. Ele é acusado de homicídio culposo múltiplo (sem intenção de matar), naufrágio e abandono do navio antes de todos os passageiros terem sido retirados, crimes pelos quais pode ser condenado a até 15 anos de prisão.
- Inconsequência: Capitão ignorou ordem de retornar ao navio, diz imprensa italiana
- Fama: Comandante vira herói na Itália após dar bronca em capitão de navio
- Com fome: Capitão de navio naufragado pediu jantar após acidente, diz cozinheiro
Os mergulhadores da Guarda Costeira e da Marinha retomaram as buscas no sábado, abrindo caminho em áreas da embarcação por meio de explosivos. Neste domingo, autoridades de proteção civil disseram que os mergulhadores não teriam permissão de vasculhar as áreas sob a água até que o mar se acalmasse.
Os trabalhos estão sob a pressão do tempo, porque há temores de que o navio possa escorregar para um abismo de 90 metros com quase 2,4 mil toneladas de combustível em seu interior, o que causaria um desastre natural na região.

*Com BBC e AP

Nenhum comentário:


Fornecido Por Cotação do Euro