quinta-feira, 23 de abril de 2015

Mercado de trabalho reage e país abre 19.282 vagas em março

Mercado de trabalho reage e país abre 19.282 vagas em março

MERCADO DE TRABALHO -SERT - POUPATEMPO SÉ - Carteira de TrabalhoApós três meses no vermelho, saldo de empregos ficou positivo, segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados

Setor de serviços foi o responsável pela maior geração de vagas formais de trabalho em março, com um saldo positivo de 53.778 postos(Reinaldo Canato/VEJA)
Depois de três meses em queda, o mercado de trabalho fechou o mês de março com saldo de 19.282 vagas abertas. Em março do ano passado, o saldo havia sido positivo em 13.117. No acumulado do primeiro trimestre ano, contudo, o resultado ainda é negativo: fechamento de 64.907 vagas, no dado sem ajuste. No mesmo período do ano passado, foram abertas 303.535 vagas formais, também sem ajuste. Os números do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) foram apresentados nesta quinta-feira pelo Ministério do Trabalho e Emprego.
O resultado surpreendeu as expectativas do mercado. Pesquisa da Reuters feita com analistas mostrou que a mediana das expectativas apontava fechamento de 25.000 empregos no mês, sendo que não havia projeção de abertura de vagas.
O ministro do Trabalho e Emprego, Manoel Dias, disse que o país vive uma crise política que impacta na economia. Ele avalia, entretanto, que os dados do emprego mostram recuperação, apesar do momento difícil que vive a economia. "Apesar de toda a dificuldade, diante do momento em que vivemos e um discurso de que nós estaríamos vivendo momento difícil, o Caged mostra recuperação", avaliou.
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Setores - O setor de serviços foi o responsável pela maior geração de vagas formais de trabalho em março, com um saldo positivo de 53.778 postos, segundo os dados do Caged. O comércio gerou 2.684 novas vagas no mês passado. Os destaques negativos ficaram com a construção civil, que fechou 18.205 vagas, e a indústria de transformação, com menos 14.683 postos. No mês passado, a agricultura foi responsável pela redução de 6.281 vagas.
Cenário - O mercado de trabalho vinha dando sinais de baixo nível de atividade desde dezembro, numa retração da oferta de emprego com carteira assinada que reforçava a dificuldade de recuperação da economia, aumentando as apreensões do governo. No trimestre encerrado em fevereiro, a taxa de desemprego do país subiu a 7,4%, ante percentual de 6,8% verificado no período de três meses encerrados em janeiro, conforme dados mais recentes do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgados no início do mês.
(Da redação)

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