domingo, 26 de abril de 2015

Indonésia: brasileiro já pode ser executado a partir de terça-feira

Indonésia: brasileiro já pode ser executado a partir de terça-feira

Segundo a diplomacia brasileira, a notícia foi recebida por Gularte com “surpresa” e “delírio”. Ele foi preso em julho de 2004

O brasileiro condenado à morte na Indonésia por tráfico de drogas, Rodrigo Muxfeldt Gularte, de 42 anos, recebeu notificação, no início da tarde do sábado (25), de que será executado por fuzilamento a partir de terça-feira, dia 28. Segundo a diplomacia brasileira, a notícia foi recebida por Gularte com “surpresa” e “delírio”. Ele foi preso em julho de 2004. No ano seguinte, foi condenado à morte.
Mais oito presos pelo mesmo delito foram informados. A informação sobre a notificação foi dada pelo Itamaraty, acrescentando que as autoridades brasileiras seguem em negociação para reverter a pena.
Indonésia: brasileiro já pode ser executado a partir de terça-feira(Foto: Reprodução)
Pelas leis indonésias, a confirmação oficial da execução ao prisioneiro tem de ser feita com até 72 horas de antecedência. A execução também foi comunicada a um representante da Embaixada do Brasil na Indonésia, em reunião realizada na prisão de Nusakambangan, em Cilacap.
Foram convocados para o encontro diplomatas de todos os países que têm cidadãos no corredor da morte. Receberam a notificação formal da execução, além de Gularte, dois australianos, uma filipina, três nigerianos, um ganês e um indonésio.
Apenas um francês não recebeu a confirmação porque ainda cabe um recurso. A confirmação da execução do paranaense ignora os pedidos de clemência feitos pelo governo brasileiro. O embaixador Carlos Alberto Simas Magalhães, subsecretário-geral da comunidade brasileira no exterior, disse ao ministro-conselheiro da Indonésia, Rizki Safary, que, embora o Brasil não desconsidere a gravidade do crime cometido por Gularte e respeite a legislação local, apelava para que ele não fosse fuzilado, por “razões humanitárias”, já que foi diagnosticado com esquizofrenia.
O mesmo apelo foi feito pela família do brasileiro, que já está na Indonésia e recebe assistência psicológica do Itamaraty. O governo brasileiro também tenta outra abordagem e está em contato com outros países que têm cidadãos no corredor da morte. O advogado de Gularte deve ainda apresentar mais uma vez um pedido de transferência da guarda dele para representantes da família.
Segundo caso Gularte foi preso em 2004 no aeroporto de Jacarta ao tentar entrar no país com 6 quilos de cocaína escondidos em uma prancha de surf. Caso a decisão seja aplicada, o paranaense será o segundo brasileiro a ter uma sentença de pena de morte executada na Indonésia. O primeiro foi o carioca Marco Archer Cardoso Moreira, de 53 anos, morto em janeiro após ser condenado pelo mesmo crime.

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