segunda-feira, 24 de novembro de 2014

Pela 4ª vez, Justiça tenta notificar Iesa de suspensão das demissões no RS

Pela 4ª vez, Justiça tenta notificar Iesa de suspensão das demissões no RS

Despacho foi emitido no último sábado (24), concedendo liminar ao MPT.
Justiça também determina que funcionários fiquem em licença remunerada.

Do G1 RS
Fechamento de fábrica da Iesa provoca demissões em massa em Charqueadas (Foto: Reprodução/RBS TV)
Iesa havia anunciado demissão em massa de
trabalhadores na unidade de Charqueadas
(Foto: Reprodução/RBS TV)
A Justiça do Trabalho fará pela manhã uma nova tentativa de notificar a Iesa Óleo & Gás sobre a decisão que suspendeu a demissão de mil trabalhadores da fábrica de Charqueadas, na Região Carbonífera do Rio Grande do Sul. Outras três tentativas foram realizadas durante o fim de semana, mas sem sucesso. O desligamento em massa dos funcionários estava marcado para esta segunda-feira (24).
O despacho judicial foi emitido no sábado (22), menos de 24 horas depois da ação impetrada pelo MPT, e prevê multa de R$ 100 milhões em caso de descumprimento. O dececisão, da juíza do Trabalho Lila Paula Flores França, da Vara de São Jerônimo, também determina que os trabalhadores sejam colocados em licença remunerada.
"Não resta dúvida de que a situação é grave, pois Charqueadas e São Jerônimo são municípios pequenos e grande parte da economia local dependia das atividades da empresa ré. São, no mínimo, 950 famílias que estão prestes a perder seu modo de subsistência: o posto de trabalho. O prejuízo econômico, familiar e comunitário é impactante", escreveu a juíza no despacho.
A Iesa Óleo & Gás investiu R$ 100 milhões na construção da fábrica de Charqueadas para produzir módulos de plataformas de petróleo, em um negócio de R$ 1,3 bilhão com a Petrobras. A empresa, que tem mais de mil trabalhadores e gera outros cinco mil empregos indiretos, já enfrentava dificuldades financeiras, tendo entrado, recentemente, com pedido de recuperação judicial. Instalada no Polo Naval do Jacuí, a companhia rescindiu o contrato com a Petrobras, em uma decisão tomada pela estatal na última terça-feira (18).
O presidente da empresa, Valdir Lima Carreiro, e o diretor de operações, Otto Garrido Sparenberg, haviam sido presos pela Polícia Federal na operação Lava Jato. Eles são suspeitos de participar do esquema de pagamento de propina a políticos para obter contratos com a Petrobras. Os executivos já foram liberados.

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