sábado, 17 de agosto de 2013

NOTÍCIAS DO BLOG DO RICARDO GAMA

Soldado que deteve Amarildo já tinha sido alvo de denúncia , para piorar durante os quatro meses de investigação da Operação Paz Armada, de combate ao tráfico na Favela da Rocinha, eles teriam recorrido a torturas para tentar localizar bandidos, drogas e armas

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Sinistro, uma terra sem "lei".

Isso é fruto do total despreparo, infelizmente, da nossa Polícia.

A verdade é que a Polícia age como o Governo Sérgio Cabral, ambos fora da lei.

Como Sérgio Cabral não dá o exemplo, por que a polícia tem que dar ?

Isso é a regra, pronto falei.

Em tempo, até "tortura" ?

Em tempo, 2, realmente esse caso e muitos outros devem ser levados a OEA /  ONU, e a Anistia Internacional deve denunciar o Governo do Rio em todas os órgãos internacionais cabíveis.
Globo

RIO - Três meses antes do desaparecimento do ajudante de pedreiro Amarildo de Souza, o policial que o levou para averiguação na sede da UPP da Rocinha, soldado Douglas Roberto Vital Machado, já havia sido acusado de agredir e ameaçar pelo menos dois moradores da favela, forjando provas contra eles. Luiz Gustavo de Souza Silva e um adolescente de 16 anos, primo de Amarildo, contaram na 15ª DP (Gávea) que foram espancados e sufocados com sacos plásticos ao menos três vezes pelo mesmo grupo que levou o ajudante de pedreiro na noite de 14 de julho. Ambos foram liberados pela Justiça. 
“Luiz deu sorte por ter sido abordado de dia, porque, se fosse à noite, o tratamento seria diferente”, teria dito o soldado Vital a Luiz e à sua mãe, Lea, que contou isso em depoimento, em 5 de abril passado, ao delegado adjunto Ruchester Marreiros. No documento da denúncia, o policial é erradamente identificado pelos moradores como Rodrigo Vidal. Pelo menos três registros de ocorrência contra PMs daquela unidade revelam que, durante os quatro meses de investigação da Operação Paz Armada, de combate ao tráfico na Rocinha, eles teriam recorrido a torturas para tentar localizar bandidos, drogas e armas nas áreas mais pobres e ainda em conflito da comunidade.
A Anistia Internacional informou ter conhecimento de abusos praticados durante as investigações da operação e não descarta a possibilidade de levar os casos à OEA e à ONU. Assessor de Direitos Humanos da entidade, Maurício Santoro disse que lamentavelmente a regra tem sido a impunidade quando investigações envolvem policiais em crimes, principalmente assassinatos.
— A falta de um posicionamento firme da PM, que em meio à repercussão internacional do sumiço de Amarildo nem sequer cogitou afastar o comandante da UPP, passa aos moradores da Rocinha uma mensagem de tolerância com os abusos policiais. Nessa situação, é difícil acreditar que um morador se sinta seguro para denunciar ameaças, torturas e outras práticas arbitrárias dos PMs — disse.
No caso de Luiz e do primo de Amarildo, após terem denunciado os policiais, eles voltaram a ser presos no dia 13 de julho, dentro da Operação Paz Armada.
— Os policiais me disseram que queriam conversar com o meu filho. Quando eu os levei até em casa, eles afirmaram que tinham um mandado de prisão contra ele, mas não apresentaram nenhum documento. Eles bateram no menino, depois circularam com ele pela favela como se fosse um delator e, por fim, inventaram um flagrante de uma balança de precisão e sacos plásticos contra ele. Como aconteceu isso, se eu é que acordei o garoto e eles o levaram em seguida? — contou o pai do adolescente detido.
— A toda hora, esse Vital dizia que ia me matar — disse o rapaz de 16 anos. — Eles me levaram para o DPO da UPP (como os moradores da Rua Dois identificam o posto do Grupo de Polícia de Proximidade). Eles me deram choque, colocaram um saco plástico na minha cabeça e enfiaram minha cabeça na privada e deram descarga. Mas meus pais não saíram da cola deles, e eles acabaram me levando para a delegacia. Acho que, como não conseguiram nada comigo, acabaram pegando meu primo Amarildo e o mataram.

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