domingo, 19 de maio de 2013

Assustada com brigas e explosão de caixa, Salesópolis revê segurança

Autoridades e sociedade farão fórum no segundo semestre.
Reforço dos laço familiares para evitar brigas de jovens é um dos objetivos.

Do G1 Mogi das Cruzes e Suzano
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Episódios recentes de violência, como a explosão de um caixa eletrônico, e as constantes  brigas entre adolescentes na cidade de Salesópolis fizeram autoridades municipais se reunirem para planejar ações de segurança. O aumento da ronda rural - ou mesmo a reativação de um base da Policia Militar no Distrito de Nossa Senhora dos Remédios – está sendo discutida, além de ações sociais para o fortalecimento da família salesopolense.
Em reunião que envolveu vereadores, polícia, Conselho Tutelar, prefeitura e outros setores da sociedade, foi decidida a criação de um fórum no segundo semestre para encontrar soluções para a cidade. “Acontecem muitas brigas na porta das escolas e na praça da matriz entre adolescentes e jovens. O problema é na educação, na família. É preciso que os pais vão às escolas, que as igrejas participem”, afirma o vereador Clodoaldo Oliveira.
Os recorrentes atritos entre estudantes são um problema que realmente preocupam os profissionais que lidam com menores de idade. “No ano passado houve um crescimento de brigas na porta das escolas e do tráfico. Nós vamos fazer um trabalho nas escolas conversando com os alunos sobre drogas, aliciamento e brigas. Nossa intenção também é fazer um trabalho com psicólogos  e num segundo momento aproximar a família das escolas”, explica o conselheiro tutelar Roussman Cunha.
Efetivo de policiais
Segundo Clodoaldo, a cidade também tem outro problema. “A quantidade de policiais caiu. Anos atrás tínhamos 33 policiais militares trabalhando, hoje são 17. O número de policiais civis também caiu de 22 para 11 e neste período a cidade cresceu em população e se tornou Estância Turística, o que aumenta a circulação de pessoas e o risco da ocorrência de crimes”, afirma.
A Polícia Militar afirma que distribui seu efetivo de acordo com critérios. “Levamos em conta o tamanho da área das cidades, população e característica. Salesópolis tem o efetivo adequado atualmente”, conta o capitão Rodrigo Fernandes Dourado, porta voz do 17º Batalhão da Polícia Militar.  A corporação não pode revelar seu tamanho por questão de segurança.
Em nota, a Secretaria estadual de Segurança Pública, responsável pela Polícia Civil, afirma que também não pode divulgar seu efetivo mas ressalta a queda nos índices de violência. “Se compararmos o primeiro trimestre de 2013 com o primeiro trimestre de 2012, os homicídios dolosos, estupros e roubos de veículo permaneceram estáveis. Houve uma redução de quatro casos de roubos e diminuição de 10 casos de furtos“, expõe a nota.
Base da PM em Remédios
Após a explosão do caixa eletrônico em Remédios, houve uma reunião com moradores e autoridades municipais. “Ficou decidido que tentaríamos trazer mais policiais e uma base no modelo japonês suzaicho, em que um policial mora com sua família na base e fica à disposição da população. Este modelo já funciona em um bairro rural de Mogi das Cruzes”, afirma o vereador Cristian Luís Candelária.
Sobre a questão da base no Distrito de Nossa Senhora dos Remédios, o capitão Dourado explica que já foram feitas reuniões a respeito. “Foi feita reunião com o comando da PM do Alto Tietê e a comunidade e os moradores preferem ter uma viatura a mais fazendo a ronda do que uma base. Para isso é preciso aumento do efetivo  Nosso comando vai pleitear mais homens junto ao comando da capital, mas se não for autorizado a base no modelo suzaicho segue sendo estudada como uma alternativa”.
Dourado também afirma que neste ano a cidade ganhou ronda escolar fixa. “Devido ao Proerd, nosso projeto de palestras nas escolas de combate às drogas, uma equipe foi transferida de Guararema para Salesópolis e faz a ronda em cada visita às unidades escolares”.
Dono de uma farmácia no Distrito de Nossa Senhora dos Remédios há 12 anos, Daniel Freire concorda que há uma sensação de insegurança. “Segurança nós não temos nenhuma. Não é todo dia que temos policiamento e acho que ter a base era importante pelo bairro ser afastado”, acredita.

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