quarta-feira, 22 de junho de 2011

A justiça é realmente cega

A Justiça concedeu na noite desta quarta-feira (22) habeas corpus para oito médicos e enfermeiras envolvidos no esquema de fraudes do Conjunto Hospitalar de Sorocaba e que continuavam presos. A medida foi requerida por uma enfermeira presa, mas a Justiça decidiu estender o benefício aos demais detidos.
O Ministério Público não recorreu por entender que as prisões temporárias já cumpriram a sua finalidade. Essas pessoas fazem parte do grupo de 12 que foram presas na Operação Hipócrates no último dia 16, que apurou fraudes em plantões médicos.
Mais cedo, o interventor designado para investigar o esquema no hospital, Luis Cláudio de Azevedo Silva, chegou à cidade. "Vamos agir o mais rápido possível, sem que os serviços básicos sejam prejudicados", disse. "Este é um hospital considerado como referência para a região. A população e os funcionários merecem respeito."
Luís Cláudio afirmou que vai passar o feriado conhecendo todas as dependências dos três hospitais que integram o conjunto: Regional, Leonor Mendes de Barros e Santa Lucinda.
A partir da próxima segunda-feira (27) começam os trabalhos com uma equipe multidisciplinar. "Vou contar com médicos, enfermeiros e administradores para me ajudarem a montar um novo modelo de administração."
A intenção, segundo o interventor, é identificar os problemas assistenciais e administrativos nos próximos 60 dias com a ajuda dos próprios funcionários. "Não quero agir sozinho, certamente haverá mudanças de cargos, mas ainda é prematuro dizer em quais funções", explica.
Azevedo Silva, que é diretor executivo do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP (Universidade de São Paulo), garantiu que seu trabalho em Sorocaba termina com o fim da intervenção.
Ele assumiu a função depois da prisão preventiva do ex-diretor do CHS, Heitor Consani, acusado pelo Ministério Público de chefiar um esquema de desvio.
*Com informações da Agência Estado

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