sábado, 25 de junho de 2011

Oposição considera isenção aprovada

O Estado de S.Paulo
A oposição na Câmara Municipal pede vistas, critica, pressiona contra a aprovação dos incentivos fiscais de R$ 420 milhões ao estádio do Corinthians, em Itaquera. Mas os próprios vereadores do grupo admitem que o projeto de lei 288/2011 será aprovado. Uma audiência pública foi realizada ontem para esclarecimentos do projeto. Nenhum dirigente corintiano participou.
No encontro, o vereador e ex-judoca, Aurélio Miguel (PR), ligado ao São Paulo e que pediu vistas dos documentos, antecipou que dará parecer contrário à aprovação. Para ele, o que a Prefeitura tenta fazer em Itaquera é inconstitucional.
A análise do vereador será apresentada à Câmara de Constituição e Justiça na audiência marca para terça-feira. Porém, a esperança dos oposicionistas é pequena. "O prefeito Gilberto Kassab tem maioria na casa. Por isso o projeto deve ser aprovado", afirmou Miguel.
O vereador explicou que decidiu pedir vistas porque considerou a tramitação rápida demais. "Estão atropelando. O projeto foi dado como lido e já estava o parecer assinado", lembrou. "Queriam aprovar já na Comissão de Constituição e Justiça. Por isso pedi vistas. Estou preparando meu parecer, que é contrário, porque está dirigindo esse incentivo para o Corinthians e para uma construtora."
Caso outro vereador decida seguir os passos de Miguel e pedir mais uma revisão do projeto, há o risco de a Câmara não votá-lo até o recesso que começa em 1.º de julho, o que impediria a Fifa de se pronunciar no próximo mês sobre o local da abertura da Copa do Mundo
O secretário de Desenvolvimento Econômico e Trabalho da Prefeitura, Marcos Cintra, disse ontem que o projeto de incentivos fiscais ao estádio corintiano pode render R$ 30 bilhões à cidade ao longo de 15 anos.
"Com a construção deste estádio, ao longo de 15 anos o PIB da Zona Leste será incrementado em R$ 30 bilhões. Todos os eventos multiplicadores a partir deste investimento resultarão em um incremento que não existiria se este incentivo não fosse dado", disse Marcos Cintra.

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