quarta-feira, 9 de julho de 2014

Safra deste ano será ainda maior que recorde do ano passado

Safra deste ano será ainda maior que recorde do ano passado

Por Redação - do Rio de Janeiro

A safra de soja do Brasil, este ano, tende a ser pouco maior do que no ano passado, segundo estudo
A safra de soja do Brasil, este ano, tende a ser pouco maior do que no ano passado, segundo estudo
A atual estimativa da safra nacional de cereais, leguminosas e oleaginosas eleva a colheita deste ano em 192,5 milhões de toneladas, com crescimento de 2,3% em relação a safra do ano passado de 188,2 milhões de toneladas. Os dados integram o Levantamento Sistemático da Produção Agrícola de junho, divulgado nesta quarta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Segundo o IBGE houve um pequeno crescimento de 0,1% nas estimativas de junho, comparativamente a maio.
Os números divulgados indicam que houve crescimento de 6,6% na estimativa da área a ser colhida em 2014, que chegará a 56,3 milhões de hectares, contra os 52,9 milhões da área colhida no ano passado e 0,2% em relação a maio. Os destaques nas estimativas divulgadas foram três produtos: arroz, milho e soja, que somados, representaram 91% da produção nacional e responderam por 85,1% da área a ser colhida.
Em relação ao ano anterior, houve acréscimos de 0,3% para o arroz, 8,6% para a soja e estabilidade na área a ser colhida com o milho. No que se refere à produção, os acréscimos foram 4,3% para o arroz e 6,0% para a soja. Para o milho, houve diminuição de 5,3% quando comparado a 2013.
Regionalmente, os dados divulgados pelo IBGE indicam que dos 80,1 milhões de toneladas, a Região Centro-Oeste responderá por 41,6% da produção nacional de cereais, leguminosas e oleaginosas; seguida da Região Sul, com 72,7 milhões de toneladas e 37,8% da produção total. Na Região Nordeste, a produção será 17,4 milhões de toneladas (9%) da produção nacional; Sudeste 17,2 milhões de toneladas (8,9%); e Norte, 5,1 milhões de toneladas.
Outra constatação da pesquisa é que dos 26 principais produtos 18 apresentaram variação percentual positiva na estimativa de produção em relação ao ano anterior, com destaques para o algodão herbáceo em caroço (alta de 26,5%); arroz em casca (4,3%), aveia em grão (6,8%), batata-inglesa primeira safra (8%); café em grão – canephora (16,9%); cebola (14%); feijão em grão primeira safra (48,7%); e mamona em baga (196,9%).
A produção de arroz em casca deve chegar a 12,3 milhões de toneladas, volume 4,3% maior que 2013. O Rio Grande do Sul é o principal produtor, devendo responder por 68,1%. Embora as áreas de cultivo não apresentem grande variação, os produtores gaúchos nos últimos anos têm trabalhado para elevar o rendimento médio do produto por meio da melhoria das técnicas de plantio e dos tratos culturais.
Já o milho, apesar de responder por grande parte da produção de grãos deverá ter safra 5,3% menor que a de 2013, atingindo 76,3 milhões de toneladas. Segundo o IBGE, a queda da produção do milho primeira safra chegou a alcançar 8,7% em relação a 2013, enquanto a produção do milho segunda safra apresenta queda de 2,9% em relação ao ano anterior.
“Essa base de comparação é elevada, já que, em 2013, a produção do milho segunda safra foi recorde em decorrência do clima muito favorável e do preço, que subiu devido à quebra da safra americana”, justificou o instituto, no estudo divulgado.
No que diz respeito à soja em grão, a produção estimada deverá alcançar 86,6 milhões de toneladas, aumentando 6% em relação a 2013. Os produtores investiram no plantio da leguminosa aproveitando-se do preço compensador praticado pelo mercado. O estado de Mato Grosso é o principal produtor, com 30,4%, seguido pelo Paraná (17,1%).
Impulsionada pelos preços da arroba, a estimativa de produção do algodão herbáceo (em caroço) é 4,3 milhões de toneladas, um crescimento 26,5% em relação ao ano anterior. Os produtores aumentaram a área plantada com a cultura em 21% em razão dos preços terem aumentado após dois anos em queda. O principal produtor é Mato Grosso, que participa com 58% do total nacional (2,5 milhões de toneladas), volume 33,7% maior que do ano anterior.


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