Rebeldes pró-russos deixam Slaviansk
O Presidente ucraniano, Petro Poroshenko, garantiu este
sábado que as forças governamentais conseguiram expulsar os rebeldes
pró-russos de Slaviansk, principal reduto dos separatistas, no leste do
país, tendo ordenado o hastear da bandeira na cidade. "O Presidente deu
ordem ao chefe do Estado Maior das Forças Armadas para içar a bandeira
estatal na câmara municipal de Slaviansk", refere um comunicado oficial.
Segundo o governante, alguns combatentes separatistas
foram atingidos por morteiros e perderam um tanque e outros veículos
blindados , enquanto tentavam romper as linhas das forças do governo
ucraniano.
Antes, o ministro do Interior ucraniano, Arsen Avakov,
já tinha anunciado que a maioria dos separatistas pró-russos e o seu
líder tinham deixado a cidade de Slaviansk, uma das mais atingidas
pelos combates.
"Durante a madrugada, os serviços de informações
informaram que Guirkine (também conhecido por Igor Strelkov, chefe das
milícias da cidade) e uma grande parte dos combatentes fugiram de
Slaviansk, semeando o pânico e a confusão entre os poucos combatentes
rebeldes que permanecem na cidade", declarou Arsen Avakov, citado pela
Reuters.
Também uma observadora da organização Human Rights
Watch confirmou a movimentação dos rebeldes. "Entre as 8h e 9h horas da
manhã, vi insurgentes deixarem Slaviansk para Kramotorsk. Diziam que a
cidade caiu e que todos vão deixá-la", escreveu Tania Lokchina no
Twitter.
Recorde-se que Igor Strelkov, que é acusado por Kiev de
estar ligado à inteligência militar russa, pediu ajuda a Moscovo na
sexta-feira, garantindo que se o país não ajudásse os rebeldes na região
as suas unidades seriam "destruídas numa semana ou no máximo duas."
A tensão voltou a aumentar na região, quando a 30 de
junho, Petro Poroshenko cancelou uma trégua unilateral, acusando os
rebeldes de perpetraram ataques contra as tropas do governo ucraniano.
Foi em abril que a crise começou, depois de os
separatistas pró-russos assumirem o controlo de Donetsk e Lugansk e a
anexação da Crimeia pela Rússia. Desde o início da crise, pelo menos 250
civis morreram no leste da Ucrânia enquanto cerca de 54 mil pessoas
deslocaram-se para outras zonas no país, segundo a ONU.
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