Evangélica Marina Silva promete novo partido com cara do interesse público.
A ex-senadora Marina Silva disse, na noite desta terça-feira (22), que o novo partido político que está criando terá um programa que pretende viabilizar a defesa do interesse público.
— Será uma proposta que compreenda a
política na sua razão de ser, que é a busca pelo bem comum, para
viabilizar a defesa do interesse público. Essa será a cara [do partido],
a cara do interesse público. Da defesa do desenvolvimento sustentável,
da ética na política, da justiça social e da liberdade.
Marina ainda evita falar abertamente
sobre a nova sigla, mas marcou para o dia 16 de fevereiro a reunião que
irá oficializar a criação de seu novo partido, que nasce para viabilizar
sua candidatura à Presidência da República.
Marina deixou o PV em julho de 2011 após
quase dois anos no partido. A ex-senadora passou meses se desentendendo
com a direção nacional da sigla até decidir abandonar a legenda. Ela
ficou terceiro lugar na corrida presidencial de 2010, conquistando quase
20 milhões de votos.
Hoje, ela se reuniu com apoiadores em São Paulo para dar continuidade à discussão sobre o novo partido.
— É uma decisão em processo e é um
esforço programático. É por isso que não nos deixamos levar pela
tentação de criar um partido assim que saímos do PV. Eu disse que não
iria ficar na cadeira cativa de candidato a Presidência da República.
No encontro, promovido pelo Movimento
por uma Nova Política, foram apresentados à ex-senadora os nomes mais
votados em uma enquete virtual realizada para batizar a sigla.
Entre as mais de 40 opções sugeridas
pelos internautas, despontavam na liderança “Semear” (Sustentabilidade,
Educação, Meio ambiente, Ética e Renovação), “Rede Verde” e “Partido da
Terra”.
Para viabilizar a candidatura em 2014,
Marina e seus apoiadores vão precisar correr contra o tempo e conseguir
recolher cerca de 500 mil assinaturas até outubro, data limite para
poder registrar a legenda no TSE (Tribunal Superior Eleitoral).
Desde meados do ano passado, Marina tem
intensificado os contatos com lideranças políticas para discutir o
assunto. São esperados na nova legenda a ex-senadora Heloísa Helena
(PSOL), o deputado federal Walter Feldman (PSDB-SP) e o vereador Ricardo
Young (PPS-SP).
“Velhas lideranças”
A ex-ministra do Meio Ambiente disse que
lideranças políticas que não compreendam a questão do desenvolvimento
sustentável não serão bem-vindas na nova sigla.
— É um esforço programático, e como
essas lideranças tem tido muita dificuldade de entender o
desenvolvimento sustentável e toda a dimensão dessa agenda, e não é pelo
que se diz, mas pelo que se faz. Se olharmos a postura dessas
lideranças em relação ao código florestal e a essas questões que estão
acontecendo no Brasil. Dificilmente eles teriam identidade programática.
Marina disse ainda que não está adaptando seu discurso para integrar pessoas “de qualquer forma”.
— Queremos um esforço programático para
ir integrando legitimamente aqueles que querem muito mais do que
concorrer a uma eleição. Estamos procurando interessados em construir
muito mais que um partido, porque partidos já existem muitos.Informações
são do R7
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