segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

Ana Carolina Santiago e o bebê morreram em dezembro de 2012. Primeira médica que atendeu a grávida prestou depoimento.


Do G1 PA
A polícia ouviu nesta segunda-feira (21) o depoimento da médica que atendeu uma mulher em trabalho de parto em uma clínica particular em Ananindeua.
O caso aconteceu em dezembro de 2012. A gestante e o bebê chegaram a ser transferidos para a Santa Casa de Misericórdia, em Belém, mas já era tarde demais.
O delegado que apura o caso vai pedir exumação do corpo da grávida e do bebê.
Acompanhada de um advogado, a médica Vânia Lúcia Monteiro foi ouvida na Divisão de Investigações e Operações Especiais (Dioe). O depoimento faz parte do inquérito que apura as circunstâncias da morte de Ana Carolina Santiago, de 18 anos, que estava grávida.
Foi a médica que atendeu a jovem em trabalho de parto no Hospital e Maternidade Modelo, na Cidade Nova 3, em Ananindeua. O caso aconteceu no dia 25 de dezembro. A família reclamou do atendimento prestado pela médica.
"Ela apertou muito a barriga da minha prima, forçou ela", diz o primo da vítima Paulo Santiago.
A jovem foi transferida em um carro particular para a Santa Casa de Misericórdia, em Belém. O bebê chegou sem vida e a grávida morreu horas depois. A família, indignada, registrou ocorrência na Polícia, que começou a investigar o caso.
Os parentes da grávida e a médica que fez o pré-natal já prestaram depoimento. Nesta segunda-feira (21), a médica do hospital particular foi ouvida por duas horas. Na saída, ela não quis gravar entrevista.
Apenas o advogado falou rapidamente. "Todos as informações já foram prestadas ao delegado. Uma médica que já executou perto de 300 partos jamais cometeria essa barbaridade que estão especulando", diz Luiz Guilherme Conceição de Almeida, advogado da médica.
O conteúdo do depoimento não foi divulgado pela Polícia. O delegado responsável pelo inquérito adiantou apenas que a médica negou ter errado ou ter sido negligente durante o procedimento. Os outros integrantes da equipe médica também vão ser chamados para depor assim com a equipe da Santa Casa.
O delegado do caso pediu à Justiça a exumação dos corpos da grávida e do bebê. "A família muito abalada à época providenciou logo o enterro, sem que fossem feitos os exames necroscópicos pelo Centro de Perícias Científicas Renato Chaves. Então, [a exumação] se faz necessária em razão disso", diz Vanildo Costa, delegado.

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