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"A informação que temos é que há 54 falecidos", assinalou o médico, antes de indicar que 12 deles morreram no hospital.
"A partir das 11h da manhã de hoje começaram a dar entrada na
emergência do hospital central feridos procedentes da prisão de Uribana
(...) durante o dia operamos 14 feridos, que precisavam de cirurgia",
explicou o diretor do hospital.
Mais cedo, a ministra de Assuntos Penitenciários, Iris Varela,
havia anunciado que uma revista em busca de armas gerou choques entre os
detentos e as autoridades, que deixaram um "registro de afetados"
indeterminado na prisão.
"Assim que tivermos o controle absoluto das instalações do centro
penitenciário de Uribana, passaremos a precisar as causas do ocorrido e o
saldo das pessoas afetadas para oferecer um relatório detalhado,
objetivo e veraz", assinalou Varela a jornalistas.
Em suas declarações, a ministra culpou como "detonador da
violência" a imprensa local e as redes sociais por terem anunciado a
revista antes de sua realização, o que teria provocado, "horas depois,
um motim no interior do centro penitenciário".
Segundo Humberto Prado, a revista praticada na manhã desta
sexta-feira "se transformou em um enfrentamento" que se prolongou, de
acordo com sua versão, de 10h às 13h locais.
A polícial local também precisou conter uma manifestação violenta
de parentes de prisioneiros realizada do lado de fora da cadeia.
As penitenciárias da Venezuela estão superlotadas, gerando
situações de insalubridade e violência entre presos. Dados oficiais
indicam que há quase 50.000 reclusos, mas a estrutura carcerária só
comporta cerca de 14.000.
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