O ucraniano John Demjanjuk cumpria pena em prisão domiciliar por cumplicidade com mortes de mais de 28 mil judeus na Polônia
Foto: AFP
Ampliar
O guarda nazista John Demjanjuk chega à corte para seu julgamento em Munique, sul da Alemanha (12/5/2010)
Veredicto: Alemanha sentencia ex-guarda nazista John Demjanjuk
De acordo com a polícia alemã, Demjanjuk, de origem ucraniana, foi condenado em maio de 2011 a cinco anos de prisão como cúmplice no assassinato de 28.060 judeus no campo de concentração nazista de Sobibor, na Polônia ocupada.
Diante estado de saúde debilitado e da idade avançada do acusado, que estava com 91 anos, os juízes alemães decidiram suspender provisoriamente seu ingresso na prisão e permitiram que permanecesse em um asilo.
Nascido na Ucrânia em 1920, Demjanjuk foi capturado como soldado soviético em 1942 pelos nazistas, que o transformaram em "trawniki" (guarda voluntário) de Sobibor, criado exclusivamente como campo de extermínio e onde eram assassinados judeus deportados a partir de toda a Europa na câmara de gás, horas após sua chegada.
O julgamento dele em Munique começou em 30 de novembro de 2009, seis meses depois de ser entregue pelos Estados Unidos à Alemanha, após esgotarem os recursos contra sua deportação movidos por sua família.
Histórico
Demjanjuk serviu em Sobibor entre março e setembro de 1943, ano em que o campo foi desmantelado. Seus advogados de defesa argumentava que ele foi obrigado a servir aos nazistas, pois poderia ser executado caso se recusasse a fazê-lo. Além disso, a defesa lembrou ao longo do julgamento que vários oficiais nazistas encarregados de darem ordens a ele acabaram sendo absolvidos pela Justiça alemã em 1966.
A Procuradoria e a acusação particular - em sua maioria, parentes de judeus holandeses mortos em Sobibor - declararam que não desejavam a prisão de Demjanjuk, queriam apenas uma sentença de caráter simbólico, por causa da idade avançada do processado e o tempo transcorrido dos fatos.
O processo em Munique teve como base o número 1393 na folha de serviços, segundo o qual Iwan Demjanjuk - seu nome de batismo antes de migrar para os EUA - foi um dos 120 "trawniki" do campo.
O acusado assistiu ao julgamento em Munique em uma cadeira de rodas e se comunicou minimamente através de seu intérprete ucraniano.
*Com EFE
Nenhum comentário:
Postar um comentário