Os repórteres do The Daily Telegraph descobriram que em três das clínicas particulares, os médicos concordaram em fazer a operação a um preço entre 240 a 760 euros
Em 2010, na Inglaterra e Gales foram feitas 189.574 operações de aborto, 8% a mais do que há dez anos
Londres - Algumas clínicas particulares britânicas aceitam fazer
abortos em mulheres que não querem ter o bebê depois de descobrirem o
sexo, principalmente no caso de fetos femininos, afirmou nesta
quinta-feira o jornal britânico The Daily Telegraph.
Em uma reportagem feita por meio de gravações com câmera escondida, o
jornal relatou como alguns médicos de hospitais particulares consentem
fazer abortos motivados unicamente pelo sexo do bebê, prática ilegal no Reino Unido.
Em declarações ao Telegraph, o ministro da Saúde, o conservador Andrew Lansley, expressou sua preocupação com essa denúncia e disse que começou uma investigação urgente sobre o assunto.
Os repórteres do jornal visitaram, acompanhados de grávidas, as consultas ginecológicas de nove centros de saúde particulares do Reino Unido, nas quais as mulheres tentaram marcar uma operação de aborto por não estarem satisfeitas com o sexo do feto.
Em três das clínicas, os médicos concordaram em fazer a operação a um preço que varia entre 240 a 760 euros e, em uma delas foi oferecida inclusive a falsificação dos papéis do procedimento.
Em um caso, uma mulher, grávida de oito semanas, explicou a uma médica de uma clínica de Manchester, no norte da Inglaterra, que queria interromper sua gravidez porque ia ter uma menina, o que foi consentido pela especialista.
Em outro, uma mulher grávida de um feto masculino de 18 semanas conseguiu marcar um aborto em uma clínica londrina sob o pretexto de que queria uma menina, pois já tinha um menino.
Uma lei britânica de 1967 estabelece a interrupção de gestações de até 24 semanas se a saúde física ou mental da mãe estiver em risco, mas nunca para escolher o sexo do bebê.
Em 2010, na Inglaterra e Gales foram feitas 189.574 operações de aborto, 8% a mais do que há dez anos.
Em 2007, um estudo da Universidade de Oxford indicou que entre 1969 e 2005 aumentaram os casos de escolha do sexo do bebê por meio de abortos, principalmente nos nascimentos de meninas entre a comunidade hindu que vive no Reino Unido.
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Em declarações ao Telegraph, o ministro da Saúde, o conservador Andrew Lansley, expressou sua preocupação com essa denúncia e disse que começou uma investigação urgente sobre o assunto.
Os repórteres do jornal visitaram, acompanhados de grávidas, as consultas ginecológicas de nove centros de saúde particulares do Reino Unido, nas quais as mulheres tentaram marcar uma operação de aborto por não estarem satisfeitas com o sexo do feto.
Em três das clínicas, os médicos concordaram em fazer a operação a um preço que varia entre 240 a 760 euros e, em uma delas foi oferecida inclusive a falsificação dos papéis do procedimento.
Em um caso, uma mulher, grávida de oito semanas, explicou a uma médica de uma clínica de Manchester, no norte da Inglaterra, que queria interromper sua gravidez porque ia ter uma menina, o que foi consentido pela especialista.
Em outro, uma mulher grávida de um feto masculino de 18 semanas conseguiu marcar um aborto em uma clínica londrina sob o pretexto de que queria uma menina, pois já tinha um menino.
Uma lei britânica de 1967 estabelece a interrupção de gestações de até 24 semanas se a saúde física ou mental da mãe estiver em risco, mas nunca para escolher o sexo do bebê.
Em 2010, na Inglaterra e Gales foram feitas 189.574 operações de aborto, 8% a mais do que há dez anos.
Em 2007, um estudo da Universidade de Oxford indicou que entre 1969 e 2005 aumentaram os casos de escolha do sexo do bebê por meio de abortos, principalmente nos nascimentos de meninas entre a comunidade hindu que vive no Reino Unido.
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