Capital Cabul vive clima pesado devido à profanação de exemplares do Alcorão por tropas dos EUA
População revoltada invadiu as ruas de Cabul para protestar contra a queima do Alcorão
Shah Marai / AFP
Da redação
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Segundo testemunhas, os manifestantes marchavam rumo ao centro da cidade quando disparos foram realizados contra o grupo, ferindo 11 pessoas na capital afegã. Diante da situação, a embaixada dos Estados Unidos foi fechada e as autoridades locais começam a reforçar o policiamento na cidade.
Carros e outros veículos foram destruídos, o comércio saqueado e o patrimônio público da capital Cabul foi depredado durante a revolta da população. Estradas estão bloqueadas e outras cidades como Herat e Jalalabad também já registraram manifestações por conta da queima das edições do Alcorão.
Uma pessoa morreu em Jalalabad e um manifestante em Cabul, informou o Ministério da Saúde. Três outros foram mortos em uma confusão na província de Parwan, segundo as autoridades locais.
Em Cabul, uma multidão atacou com pedras a base americana da Isaf Camp Phoenix, incendiou veículos e atacou lojas adjacentes. A polícia afegã se dirigiu para o local e os soldados de Camp Phoenix atiraram para o ar na tentativa de dispersar os manifestantes.
Desde a manhã de terça-feira, milhares de manifestantes cercaram a base de Bagram. Eles atacaram seus ocupantes com estilingues e atearam fogo em uma das entradas. Os soldados americanos responderam com balas de borracha.
Secretário de Defesa norte-americano, León Panetta já pediu desculpas ao povo afegão, assim como o chefe da missão da Otan no local, John Allen. Investigações foram abertas para apurar as causas do ato.
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