O Irã condenou nesta terça-feira a queima de volumes do Alcorão por soldados americanos alojados na base de Bagram, nas proximidades de Cabul, e ainda exigiu a saída das tropas estrangeiras do Afeganistão.
A atitude dos soldados norte-americanos levou milhares de pessoas a protestarem nesta terça-feira diante da base militar. A manifestação aconteceu a 60 km ao norte da capital, e foi reprimida com balas de borracha."A imediata retirada das tropas estrangeiras do Afeganistão é a única alternativa para que a paz e a estabilidade retornem a este país", afirmou o porta-voz do Ministério de Relações Exteriores do Irã, Ramin Mehmanparast. O Alcorão é considerado um escrito sagrado para os praticantes do Islamismo.
Mehmanparast avaliou ainda que "a profanação das crenças dos muçulmanos aconteceu pelo mal entendimento dos ocupantes estrangeiros do Afeganistão da cultura religiosa islâmica".
A base de Bagram é considerada a principal do Estados Unidos no Afeganistão. Em nota, o secretário de Defesa dos Estados Unidos, Leon Panetta, destacou que as atitudes dos soldados não representavam as opiniões dos militares dos EUA e pediu desculpas ao povo afegão pela queima dos exemplares do Alcorão.
Outra testemunha da queima dos exemplares pode ter sido um fotógrafo da agência de notícias France-Press. Ele teria visto alguns volumes com as bordas queimadas que funcionários afegãos da base disseram ter salvado da destruição.
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Além
da retratação, o comando do exército norte-americano irá fazer uma
investigação, pois um grupo de empregados afegãos declarou ter visto os
militares americanos queimando exemplares do Alcorão à noite."Investigamos com profundidade este incidente e tomaremos as medidas necessárias para garantir que isto não voltará a ocorrer", concluiu o general americano John Allen.
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