quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

Argentinos pedem punição aos culpados por acidente de trem


Acidente de trem na Argentina

Autoridades concluíram as tarefas de identificação das vítimas, mas dezenas de pessoas ainda buscam passageiros nos hospitais da cidade

Daniel Vides/AFP
Entre os mortos, fontes oficiais confirmaram cinco cidadãos paraguaios, dois bolivianos, um chileno e um peruano
Buenos Aires - Os argentinos choram nesta quinta-feira a morte de 50 pessoas em uma das maiores tragédias ferroviárias do país e pedem o estabelecimento de responsabilidades por um acidente que evidenciou a precariedade do serviço e a falta de controle estatal sobre a gestão privada.
Um dia após o acidente que, além dos 50 mortos - dente eles pelo menos oito deles estrangeiros - e mais de 700 feridos em Buenos Aires, as autoridades concluíram as tarefas de identificação das vítimas, mas dezenas de pessoas ainda buscam vários passageiros nos hospitais da cidade.
Entre os mortos, fontes oficiais confirmaram cinco cidadãos paraguaios, dois bolivianos, um chileno e um peruano.
O governo da presidente argentina, Cristina Fernández de Kirchner, antecipou nesta quinta-feira que se apresentará como acusação no processo judicial aberto sobre o acidente. Ela disse ainda que se reserva possíveis ações administrativas no futuro.
'Aqui não se criam esquemas de proteção para ninguém', destacou o ministro do Planejamento argentino, Julio de Vido, em entrevista coletiva que havia suscitado intensos rumores sobre a possibilidade de o governo retirar a concessão à empresa Trens de Buenos Aires (TBA), responsável pela linha onde houve o acidente.
O trem acidentado pertence à rede de trens regionais de Buenos Aires administrada pela TBA, propriedade dos irmãos Cirigliano, um dos grupos de transporte mais poderosos do país, relacionados pela imprensa local com o ex-ministro Ricardo Jaime, investigado por corrupção.

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