segunda-feira, 15 de dezembro de 2014

Dólar sobe e termina a semana cotado a R$ 2,65

Dólar sobe e termina a semana cotado a R$ 2,65 

Queda do preço do petróleo e incertezas sobre programa de intervenção do BC empurraram a moeda a atingir o maior patamar em quase 10 anos

Dólar termina cotado a R$ 2,6512, o maior patamar desde 1º de abril de 2005 (R$ 2,660)
Dólar termina cotado a R$ 2,6512, o maior patamar desde 1º de abril de 2005 (R$ 2,660) (Christopher Furlong/Getty Images/VEJA)
A apreensão dos investidores com a queda dos preços do petróleo e incertezas sobre o futuro do programa de intervenções do Banco Central (BC) no câmbio motivaram o dólar a atingir o maior patamar em quase 10 anos nesta sexta-feira. A moeda americana terminou o dia em alta de 0,14%, a 2,6512 reais, após alcançar 2,6785 reais na máxima da sessão. Trata-se da maior alta de fechamento desde 1º de abril de 2005 (2,660 reais).
No cenário externo, a derrocada dos preços do petróleo no menor valor em cinco anos tem alimentado a aversão ao risco, diante do cenário de menor atividade global. Soma-se a isso a expectativa de que o Federal Reserve, banco central dos EUA, elevará sua taxa básica de juros no ano que vem, o que deve atrair para a maior economia do mundo capitais aplicados em outros mercados, como o brasileiro.
Outro fator que contribuiu para a alta é interno: aumentou a tensão em relação à possibilidade de o BC brasileiro diminuir sua atuação no câmbio no ano que vem. Atualmente, ela é feita por ofertas diárias de até 4 mil swaps cambiais, equivalentes a venda futura de dólares, e está marcada para durar até o fim deste ano. O presidente da autoridade monetária, Alexandre Tombini, tem dito que o atual estoque é suficiente para atender a demanda por proteção cambial.
"O programa do BC é o principal foco do mercado no curto prazo. O mercado está colocando cada vez mais no preço o término do programa, para se proteger enquanto o BC não se pronuncia", disse o operador de um importante banco internacional. Nesta manhã, o BC vendeu a oferta total de até 4 mil swaps pela ração diária, com volume equivalente a 197,9 milhões de dólares.
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Bovespa - Também pressionada pelo recuo do preço do petróleo no exterior, a Bovespa recuou 3,73%, encerrando aos 48.001,98 pontos. Também pesaram a baixa de alguns dos principais papéis nacionais, como os de Petrobras, Vale e bancos. No caso da petroleira, as ações ordinárias (ON, com direito a voto)  caíram mais de 5% e, as preferenciais (PN, sem direito a voto), recuaram mais de 6%.
Na semana, a bolsa brasileira caiu em quatro das cinco sessões, acumulando no período uma retração de 7,67%. É a pior semana desde a encerrada em 16 de novembro de 2008 - pouco depois do estouro da crise econômica global.
(Com Estadão Conteúdo e Reuters)

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