STJ nega liberdade a dois executivos da OAS presos na Lava Jato
Presidente da empresa e executivo são acusados de atuar em esquema.
José Adelmário e Mateus Coutinho estão presos desde novembro.
(Correção: Inicialmente, com base em informações fornecidas pela assessoria do Superior Tribunal de Justiça, esta reportagem afirmou que o ministro Falcão também havia negado habeas corpus ao lobista Fernando Soares, conhecido como Fernando Baiano. Na realidade, o ministro Francisco Falcão ainda não decidiu sobre o pedido de liberdade de Fernando Baiano).
Os dois são suspeitos de participar de um esquema de corrupção na Petrobras e foram presos em novembro pela Polícia Federal, na sétima fase da Operação Lava Jato. Eles já tiveram habeas corpus negados, há duas semanas, pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Teori Zavascki.
Conforme o Ministério Público, Mateus Coutinho e José Adelmário teriam integrado um esquema que organizava cartel para a participação de licitações na Petrobras, além de desvio de dinheiro para corrupção de agentes públicos. Conforme as investigações da Polícia Federal (PF), o esquema – conhecido como “clube” – envolve as maiores empreiteiras do país.
saiba mais
Entenda a Lava JatoA Operação Lava Jato começou apurando um esquema de lavagem de dinheiro e evasão de divisas que teria movimentado cerca de R$ 10 bilhões. A investigação acabou resultando na descoberta de um grande esquema de desvio de recursos da Petrobras, segundo a Polícia Federal e o Ministério Público Federal.
Na primeira fase da operação, deflagrada em março deste ano, foram presos, entre outras pessoas, o doleiro Alberto Youssef, apontado como chefe do esquema, e o ex-diretor de Refino e Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa.
A sétima fase da operação policial, no mês passado, teve como foco executivos e funcionários de nove grandes empreiteiras que mantêm contratos com a Petrobras em um valor total de R$ 59 bilhões.
Parte desses contratos está sob investigação da Receita Federal, do MPF e da Polícia Federal. Ao todo, foram expedidos na sétima etapa da operação 85 mandados em municípios do Paraná, de Minas Gerais, de São Paulo, do Rio de Janeiro, de Pernambuco e do Distrito Federal.
Nenhum comentário:
Postar um comentário