Reintegração de posse que motivou protesto em Porto Alegre é adiada

Segundo Casa Civil, ação foi adiada em 24h em função de feriado judicial.
Durante a manhã, grupo realizou protesto e deixou trânsito parado.

Do G1 RS

Manifestantes foram recebidos no Palácio Piratini (Foto: Divulgação/Casa Civil)

Após uma reunião com manifestantes que bloquearam os dois principais acessos a Porto Alegre nesta segunda-feira (8), o governo do Rio Grande do Sul informou que a reivindicação do grupo será atendida de forma parcial. A Casa Civil declarou que foi adiada em 24 horas a reintegração de posse de um terreno no bairro Hípica, na Zona Sul de Porto Alegre, em função de um feriado judicial.
Segundo a assessoria de imprensa da pasta, como as atividades do Judiciário funcionam apenas em regime de plantão nesta segunda, o grupo não teria como ingressar com recurso. A reintegração de posse estava marcada para ocorrer na manhã de terça (9), mas deverá acontecer na quarta. Os manifestantes garantem que vão tentar, novamente, reverter a situação na Justiça.

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A reintegração de posse motivou um protesto realizado por integrantes do Fórum das Ocupações Urbanas pela manhã no Centro de Porto Alegre. Os motoristas enfrentaram mais de 15 km de trânsito parado. O engarrafamento na BR-290 (freeway) chegou até Cachoeirinha, na Região Metropolitana.
Na Avenida da Legalidade e da Democracia, a antiga Castelo Branco, só as motos passavam até a entrada da capital. Depois de aproximadamente uma hora de trânsito parado, as pessoas decidiram abandonar carros e ônibus e seguir a pé.

Grupo realiza protesto por moradias em Porto
Alegre (Foto: Reprodução/RBS TV)

O protesto reuniu cerca de 150  pessoas que pediam direito à moradia. Ao fim da manhã, líderes do grupo foram recebidos por representantes da Casa Civil. Eles querem que os ocupantes de um terreno no bairro Hípica, na Zona Sul de Porto Alegre, não sejam retirados do local. O dono da área conseguiu na Justiça a reintegração de posse.
Uma parte do grupo fechou a Avenida Mauá, enquanto a restante dos manifestantes bloqueou o acesso ao Túnel da Conceição. Eles realizaram duas liberações no período de uma hora e meia. Cada uma de cinco minutos para passagem dos veículos. A Brigada Militar não interferiu e os próprios integrantes do movimentam decidiriam quem poderia passar.
A EPTC precisou modificar o tempo dos semáforos para diminuir os efeitos no trânsito. Segundo os agentes, uma senhora que estava presa no bloqueio passou mal e precisou ser levada pela Brigada Militar para o Hospital de Pronto Socorro (HPS). Pouco antes das 11h30, o grupo começou a se dissipar e terminar com os bloqueios. Por volta das 12h, eles seguiam em caminhada pela Avenida Borges de Medeiros, no sentido centro-bairro, em direção à Praça da Matriz.

Com bloqueio, pessoas passaram a caminhar pela via (Foto: Carla Fachim/RBS TV)