O secretário de Vigilância em Saúde, Jarbas Barbosa, diz que o
Instituto Nacional de Infectologia, no Rio, será o hospital de
referência para tratar eventuais casos de ebola no País
A
melhor maneira de prevenir casos de ebola no Brasil é ajudar a
controlar a epidemia da doença nos países da África Ocidental. A
avaliação é do secretário de Vigilância em Saúde, do Ministério da
Saúde, Jarbas Barbosa. Segundo ele, o governo brasileiro deve anunciar,
amanhã (10), um novo pacote de ajuda humanitária para a região,
sobretudo a Libéria, Guiné e Serra Leoa.
Na
reunião do Conselho Nacional de Saúde, o secretário lembrou que a
probabilidade de casos de ebola no Brasil permanece baixa, mas não chega
a zero. Entre as estratégias adotadas no país estão a ativação de um
centro de operações de emergência em saúde pública que se reúne duas
vezes por semana; a criação de um grupo executivo interministerial que
se reúne semanalmente; e videoconferências semanais com as secretarias
estaduais de saúde.
Já
está estabelecido que, em cada estado, um hospital de referência
receberá casos suspeitos de ebola. O Instituto Nacional de Infectologia,
no Rio de Janeiro, foi eleito pelo governo brasileiro como hospital de
referência nacional, para onde devem ser direcionados os pacientes em
isolamento. Dois aviões da Polícia Rodoviária Federal e da Força Aérea
Brasileira farão o transporte.
Jarbas
Barbosa disse que o ministério treinou 60 profissionais para o correto
fechamento e despacho de material biológico possivelmente contaminado
para o Instituto Evandro Chagas, no Pará, onde os testes para
confirmação da doença serão feitos. No próximo dia 16, o ministério fará
uma simulação de caso suspeito de ebola em parceria com a Agência
Nacional de Vigilância Sanitária. O treinamento será no Porto de Santos
(SP).
"Não
é que a gente está prevendo que vão chegar casos. A probabilidade é
muito baixa. Mas, se chegar, a gente está preparado", disse o
secretário. "A melhor maneira de prevenir é a gente controlar o surto lá
na África", reforçou. Outra preocupação, segundo ele, deve ser a
melhoria da triagem de saída de passageiros em países atingidos pela
epidemia. "Essa também é uma grande proteção para o resto do mundo".
Jarbas
disse que o Brasil, até o momento, não registrou nenhum caso suspeito
da doença. "Só é considerado suspeito quem vem desses três países onde
há transmissão e apresenta sintomas. A África, de uma maneira geral, não
tem transmissão de ebola. O que muitas vezes acontece são casos de
pessoas de outros países africanos com doenças febris como [a] malária",
destacou.
Nenhum comentário:
Postar um comentário