Sai o falsário, entra o farsante. No cotejo entre os dois, a diferença é de grau, mas não de nível.
        Esta
 é a conclusão na qual fatalmente se desemboca, diante da versão 
oferecida pelo novo prefeito de Belém, o ex-deputado federal tucano Zenaldo Coutinho (foto), para o imbróglio envolvendo a secretária municipal de Finanças, a
 contadora Suely Lima Ramos Azevedo. A nova titular da Sefin, a 
Secretaria Municipal de Finanças, responde a processo judicial movido 
pela fazenda pública municipal, que ela agora comanda, por não pagar o 
IPTU, o Imposto Predial Territorial Urbano. A execução fiscal contra 
Suely Lima Ramos Azevedo tramita na 5ª Vara de Fazenda da capital desde 
janeiro do ano passado e o valor da causa foi arbitrado em R$ 1.090,77.
        Ao
 vir a público, reproduzir a versão supostamente oferecida pela sua 
secretária, depois que o episódio ganhou repercussão nacional, via Estado de S. Paulo,
 Zenaldo Coutinho simplesmente reproduz o cinismo capaz de corar anêmico
 que notabilizou seu antecessor, o ex-prefeito Duciomar Costa (PTB), o 
nefasto Dudu. Ao assim fazer, o novo prefeito oferece à imolação pública Suely Lima Ramos Azevedo,
 como se não tivesse responsabilidade pela escolha da secretária 
municipal de Finanças, em uma marmota que ofende a inteligência do 
contribuinte.
        A
 lambança protagonizada por Zenaldo Coutinho, nesse episódio, ratifica a
 recorrente constatação de que certos atos ou desmentem biografias, ou 
dizem tudo sobre elas. A segunda alternativa, diga-se, é a mais 
compatível com os antecedentes do novo prefeito de Belém, considerando 
sua vida pregressa.

 
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