sexta-feira, 27 de novembro de 2015

Andrade Gutierrez fecha acordo e deve pagar multa de R$ 1 bilhão

Andrade Gutierrez fecha acordo e deve pagar multa de R$ 1 bilhão

Acordo de leniência foi fechado com a Procuradoria-Geral da República.
Empreiteira foi alvo da 14ª fase da Lava Jato, deflagrada em junho.

Do G1 PR, com informações da RPC
A Andrade Gutierrez fechou, nesta semana, um acordo de leniência com a Procuradoria-Geral da República (PGR). A empreiteira terá que pagar uma multa civil de R$ 1 billhão para ressarcir o prejuízo da Petrobras. A informação foi publicada pelo jornal "Folha de S. Paulo" nesta sexta-feira (27) e confirmada pela RPC. O acordo ainda não foi homologado pela Justiça Federal.
Outras empresas investigadas na Operação Lava Jato tentam ou já fecharam acordo de leniência. A construtora Camargo Corrêa, por exemplo, firmou acordo com o Ministério Público Federal (MPF) para a devolução de R$ 700 milhões.
Além disso, em um termo de compromisso com o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), que é órgão do governo responsável por proteger a livre concorrência no mercado, a Camargo Côrrea concordou em pagar R$ 104 milhões de ressarcimento. A Setal também fechou um acordo de leniência, ainda no começo deste ano, com o Cade.
14ª fase
Junto com a Odebrecht, a Andrade Gutierrez foi alvo da 14ª fase da Operação Lava Jato, deflagrada em junho deste ano. À época, foram presos vários executivos das empreiteiras, entre eles, os presidentes de ambas.
As investigações apontam que a Andrade Gutierrez e a Odebrecht agiam de forma mais sofisticada no esquema de corrupção e fraudes de licitações da Petrobras, por meio de contas no exterior.
Procurada pelo G1, a assessoria de imprensa da Andrade Gutierrez afirmou que a construtora não vai comentar o assunto.
Transferências
Nesta sexta-feira (27), três executivos da Andrade Gutierrez saíram do Complexo Médico-Penal em Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba. Eles foram transferidos para a carceragem da Polícia Federal (PF), na capital paranaense. A corporação não informou o motivo da transferência.
Otávio Marques de Azevedo, Elton Negrão de Azevedo Júnior e Flavio David Barra são réus em processors originados a partir da Operação Lava Jato. Otávio Marques de Azevedo era o presidente da Andrade Gutierrez, mas foi afastado do cargo recentemente. Ele responde por organização criminosa, corrupção ativa e lavagem de capitais.
Já Elton Negrão é réu por organização criminosa e lavagem de dinheiro. Ele e Otávio Marques de Azevedo foram presos em junho, na deflagração da 14ª etapa da Lava Jato.
Flávio Barra foi detido no mês seguinte, na 16ª fase da operação, relacionada à Eletronuclear. Ele responde pelos crimes de organização criminosa, lavagem de dinheiro e corrupção ativa.
Na ação penal originada na 16ª etapa, Otávio Marques de Azevedo também é réu, acusado dos mesmos crimes pelos quais já responde no processo referente à 14ª fase da Lava Jato.
Eletronuclear
No dia 29 de outubro, o ministro Teori Zavascki, do Supremo Tribunal Federal (STF), decidiu enviar para a Justiça Federal do Rio de Janeiro a ação sobre supostos desvios na Eletronuclear descobertos pela Operação Lava Jato. Com a decisão, o caso saiu das mãos do juiz federal Sérgio Moro, da 13ª Vara Criminal de Curitiba, como também ocorreu a investigação sobre o Ministério do Planejamento.
Zavascki entendeu que o caso não está relacionado diretamente com o esquema de corrupção na Petrobras, origem das investigações da Lava Jato.

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