'Sonho em conhecer o Stallone', diz o Rambo da Amazônia, em Manaus

Ator já se prepara para rodar o sexto filme da carreira.
Rambú diz que adora fazer as cenas perigosas e dispensa dublês.

Tiago Melo Do G1 AM

Rambú durante gravações com apresentadora do canal da tv paga, Canal Brasil (Foto: Anderson Mendes / Arquivo Pessoal )

Ele atende pelo nome de Aldenir Trindade Forte, mas pode chamá-lo de Rambú ou Rambo da Amazônia. Manauense morador do Bairro de São Jorge, Zona Oeste da cidade, o ator conta que o apelido surgiu em 1985 quando amigos o compararam ao clássico personagem interpretado pelo ator americano Sylvester Stallone.

Aldenir sonha em conhecer seu ídolo, Sly Stallone
(Foto: Anderson Mendes / Arquivo Pessoal)

“Na época, eu era fisiculturista e já tinha esse cabelo igual ao do John Rambo. Meus amigos então apareceram com a ideia de fazer uma paródia do filme e eu topei. E lá se vão cinco filmes”, contou Aldenir, que atualmente já está na pré-produção do seu mais novo curta, a ser lançado no final do mês de outubro de 2012, intitulado ‘Rambo da Amazônia: A missão’, sob a direção de Castro Júnior.
Fã confesso de filmes de ação, sendo ‘Rambo II’ o seu favorito, Aldenir diz que um dos sonhos ainda não realizados é conhecer pessoalmente Sly Stallone. “Desde antes de começar a interpretar o Rambú, já sonhava em um dia conhecer meu ídolo, o Stallone. Ele é o cara! Queria trocar umas idéias com ele para melhorar meus filmes e deixá-los com cara de Hollywood mesmo, com mais explosões, pancadaria e efeitos especiais”, afirmou o serralheiro.
Por falar em ‘pancadaria’, Aldenir, que dispensa dublês nas cenas mais perigosas, afirma que já saiu muito machucado depois de algumas gravações. “A mais séria delas foi durante as gravações do meu terceiro filme, ‘Rambú e o Resgate do Jaraqui Dourado’, de 2007, quando levei um chute na coxa e o local ficou com um calombo roxo. Manquei durante duas semanas inteiras”, contou.
Glória e novos projetos

Filme	Lançamento
Rambú e o Resgate da Princesa	1991
Rambú contra a galera	1992
Rambú e o resgaste do jaraqui dourado	2007
A incrível história de Coti: o Rambo da Amazônia (doc.)	2007
Rambú e o clone	2008
Roqui: o boeador da Amazônia	2009
Rambú do Amazonas: A missão	2012 (em produção)

Ícone da cultura popular amazônica, Aldenir já ganhou um documentário biográfico, de 2007. Sob a direção de Anderson Mendes, ‘A incrível história de Coti: o Rambo da Amazônia’, foi ganhador de dez prêmios cinematográficos. “O documentário acabou fazendo mais sucesso que meus filmes e ganhou diversos prêmios por todo o Brasil. Fiquei super conhecido. Aonde vou tem sempre alguém que chega em mim e pede um autógrafo”, contou Aldenir.
Aldenir ainda adiantou informações sobre os novos projetos. “Já gravamos o trailer de ‘Rambo da Amazônia: A missão’ e lançaremos o filme no final de outubro. Castro Júnior já disse que o inscreverá nos festivais de cinema de Manaus. Em seguida, começarei a trabalhar no meu mais novo projeto, ‘MMA: o filme’ e ainda tenho a proposta do diretor Cacá Diegues para analisar. Ele quer que eu protagonize o novo filme dele”, contou Aldenir.
Problemas e superação

Rambú durante visita ao Cristo Redentor no RJ
  Foto: Anderson Mendes / Arquivo Pessoal)

Com 45 anos, o serralheiro de profissão, Aldenir reclama que lhe falta patrocínio para seguir no meio cinematográfico profissionalmente. “Queria um grande patrocínio, que nem o da Petrobrás, mas o máximo que consegui foi ajuda do mercadinho do bairro e de político querendo se autopromover”, contou o artista, que nunca imaginou que faria tanto sucesso quando começou com a brincadeira. “Meus filmes já rodaram o Brasil inteiro e foram para o exterior também: Estados Unidos, França, Itália e Espanha. Hoje, todos podem ser encontrados na internet. Mas o governo não reconhece isso e não ajuda em nada”, lamentou.
Ex-fisiculturista, Aldenir Forte diz que anda ‘meio parado’ devido a uma gripe, mas que afirma que em breve estará de volta às academias. “Logo, logo, estarei trabalhando novamente no meu corpo, preciso estar pronto para os meus próximos filmes”.

“Enquanto Deus me der forças e energia, continuarei realizando meus filmes”, concluiu o serralheiro-ator-fisiculturista, Rambú, o Rambo da Amazônia.