terça-feira, 18 de setembro de 2012

BARBALHO: NINGUÉM SEGURA ESTA FAMÍLIA

TCM – Irmã de Jader Barbalho posterga julgamento

        Uma lambança digna do realismo fantástico da fictícia Sucupira, a imaginária cidade através da qual o teatrólogo Dias Gomes reproduziu, em tom histriônico, as mazelas do Brasil real.
        Assim pode ser resumida a manobra que abortou o julgamento, pelo TCM, o Tribunal de Contas dos Municípios do Pará, das contas de 2009 do prefeito de São João de Pirabas, Cláudio Barroso, do PMDB. Notabilizado também pela truculência da qual se vale para calar a oposição, ele é protagonista de uma desastrosa administração, pontuada por recorrentes denúncias de corrupção e nepotismo. Mas tem o aval, via deputada peemedebista Simone Morgado, 1ª secretária da Alepa, a Assembleia Legislativa do Pará, do senador e ex-governador Jader Barbalho, o morubixaba do PMDB no Pará. Na esteira de uma súbita e inexplicável evolução patrimonial, Jader teve seu nome indelevelmente vinculado ao estigma de ícone do enriquecimento ilícito.
        Não por acaso coube a vice-presidente do TCM, Mara Lúcia Barbalho da Cruz (foto) - introduzida no tribunal pelo nepotismo patrocinado pelo seu ilustre irmão, Jader Barbalho -, assumir a presidência da sessão desta terça-feira, 18, e abortar o julgamento das contas de Barroso. O álibi para tanto foi a decisão de anular o ato que confere a função de relatora do processo a Márcia Costa, auditora do tribunal. O serviço sujo, protagonizado por Mara Lúcia Barbalho da Cruz, foi pavimentado pelo conselheiro Cesar Colares, o ex-deputado tucano que é, hoje, corregedor do TCM. Coube a ele, na ausência do conselheiro-presidente Zeca Araújo, abrir a sessão, para posteriormente sair de cena, retirando-se, após transferir a presidência dos trabalhos a Mara Lúcia Barbalho da Cruz. Procuradora janelada do TCM, exibindo como principal qualificação ser irmã do morubixaba do PMDB no Pará, ela tornou-se conselheira do tribunal.

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