As famílias dos doadores poderão receber auxílio de até R$ 2 mil, no Norte.
O prefeito de Aracruz tem até a próxima semana para aprovar o projeto.
Um projeto de lei aprovado pela Câmara Municipal de Aracruz, Norte do
Espírito Santo, prevê que quem for doador de órgãos vai receber um
auxílio-funeral, o que garante que a família do doador será isenta das
despesas com o sepultamento. A lei já existe em outros estados, como São
Paulo e Santa Catarina. Se sancionada pelo prefeito de Aracruz, começa a
valer a partir de 2012.A proposta foi aprovada com unanimidade pelos parlamentares da cidade. "Não só em Aracruz, mas no Brasil inteiro, ainda há muita falta de informação sobre doação de órgãos. Muitas famílias não permitem que seja feito, o que é muito ruim para as pessoas que já estão nas filas de espera por esses órgãos", disse o vereador Paulo Martins.
Pelo projeto, a família que decidir doar os órgãos do parente que falecer vai receber um benefício de até R$ 2 mil. O auxílio é para custear as despesas com transporte, taxa de cemitério e funerária. Em um dos hospitais de Aracruz, cerca de 80% das famílias com parentes aptos para doar os órgãos decidem pela doação.
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"Isso aí vai depender dos fatores humanos. Cada família vai ter uma
forma de reagir, de vivenciar a perda. Mas se chegar um dia em que não
existam mais filas de espera por órgãos, acho que aí já podemos ficar
felizes", explicou psicóloga e coordenadora da comissão de doaçào de
órgãos, Sayonara Giacomin.A população de Aracruz aprovou a iniciativa. "Depois que a gente falece, nosso corpo não serve mais para nada, não é? Só da gente poder salvar uma vida já é grande coisa", disse a aposentada Izabel Pereira de Souza.
O prefeito da cidade tem até a próxima semana para sancionar ou vetar o projeto aprovado pelos vereadores. Se aprovada, a lei começa a valer a parti de janeiro de 2012.
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