Morre no Rio, aos 72 anos, uma das maiores atrizes do Brasil
Atriz tinha 72 anos e morreu
em casa, em Ipanema. Ela se afastou do trabalho recentemente devido a um
desgaste ósseo
Reprodução/Internet
Marília Pêra |
A atriz, cantora e diretora Marília Pêra morreu às 6h
deste sábado (5), no Rio, aos 72 anos. A atriz morreu em casa, em Ipanema, na
Zona Sul do Rio. Ela se tratou recentemente de um desgaste ósseo na região
lombar, que a fez se afastar do trabalho por um ano.
Marília era uma das artistas mais completas
do Brasil: além de interpretar, era cantora, bailarina, diretora, produtora e
coreógrafa. Trabalhou em mais de 50 peças, quase 30 filmes e cerca de 40
novelas, minisséries e programas de televisão. Um dos últimos trabalhos da
atriz foi sua participação na série "Pé na Cova', da TV Globo.
Marília Soares Pêra nasceu em 22 de janeiro de 1943, no
bairro do Rio Comprido, no Rio. Sua primeira entrada em cena aconteceu quando
ainda era bebê, fazendo figuração numa peça, informa seu perfil no Memória
Globo. Aos quatro anos de idade, ela atuou com os pais no espetáculo “Medeia”.
Sua irmã mais nova, Sandra Pêra, também é atriz e cantora.
Entre os 14 e os 21 anos, Marília atuou como bailarina em
musicais. Quando tinha 18, viajou por Brasil e Portugal com a peça “Society em
baby-doll”. Outro destaque foi “Como vencer na vida sem fazer força”, trabalhando
ao lado de Procópio Ferreira, Moacyr Franco e Berta Loran.
Em 1965, Marília foi contratada pelo diretor Abdon Torres
para integrar o elenco inicial da TV Globo. Nessa época, fez o papel principal
das novelas “Rosinha do sobrado”, “Padre Tião” e “A moreninha”.
Após um período fora da TV Globo, no qual atuou em “Beto
Rockfeller” (1968), da TV Tupi, ela foi convidada a voltar por Daniel Filho, em
1971 – viveu Shirley Sexy em “O cafona”, que a tornou ainda mais conhecida. Na
sequência, vieram “Bandeira 2” (1971-72) e “Supermanoela” (1974). A partir daí,
afastou-se das novelas por oito anos, até aparecer em “O campeão” (1982),
exibida pela TV Bandeirantes.
O retorno às novelas da Globo aconteceu apenas em “Brega
& Chique” (1987). Na pele de Rafaela, fez bastante sucesso por sua parceria
com Marco Nanini. Anos depois, Marília diria que essa foi a novela que mais
gostou de fazer. Ela voltaria a interpretar Rafaela no remake de “Ti-Ti-Ti”
(2011), escrito por Maria Adelaide Amaral.
Entre os trabalhos favoritos na TV, no entanto, Marília
escolhia duas minisséries: “O primo Basílio” (1988), em que interpretou a vilã
Juliana, e “Os Maias” (2001), em que interpretou Maria Monforte. Na
minissérie “JK", fez a ex-primeira dama do Brasil Sarah Kubitschek.
Já na década de 1990, Marília atuou nas
novelas “Lua cheia de amor” (1991) e “Meu bem querer” (1998). Outros trabalhos
mais recentes foram em “Começar de novo” (2004); “Cobras & Lagartos”
(2006), como a falida, mas ambiciosa, Milu; “Duas caras” (2007), como a alienada
Gioconda.
Antes de “Pé na cova”, a amizade com Miguel Falabella já
havia rendido papéis no seriado “A vida alheia” (2010), no filme “Polaroides
urbanos” (2008) e na novela “Aquele beijo” (2011), todos escritos por ele.
Ao longo de uma carreira que durou praticamente toda sua
vida, Marília Pêra destacou-se ainda no cinema. Estrelou filmes como “Pixote, a
lei do mais fraco” (1980), “Bar Esperança” (1983), “Tieta do agreste” (1995) e
“Central do Brasil” (1996) e “O viajante” (1998).
No teatro, ganhou duas vezes o Prêmio Molière: em 1974,
por “Apareceu a Margarida”, e em 1984, por “Brincando em cima daquilo”. Como
diretora, esteve por trás de uma das peças de maior sucesso do país, Após um período fora da TV Globo, no qual atuou em “Beto
Rockfeller” (1968), da TV Tupi, ela foi convidada a voltar por Daniel Filho, em
1971 – viveu Shirley Sexy em “O cafona”, que a tornou ainda mais conhecida. Na
sequência, vieram “Bandeira 2” (1971-72) e “Supermanoela” (1974). A partir daí,
afastou-se das novelas por oito anos, até aparecer em “O campeão” (1982),
exibida pela TV Bandeirantes.
O retorno às novelas da Globo aconteceu apenas em “Brega
& Chique” (1987). Na pele de Rafaela, fez bastante sucesso por sua parceria
com Marco Nanini. Anos depois, Marília diria que essa foi a novela que mais
gostou de fazer. Ela voltaria a interpretar Rafaela no remake de “Ti-Ti-Ti”
(2011), escrito por Maria Adelaide Amaral.
Entre os trabalhos favoritos na TV, no entanto, Marília
escolhia duas minisséries: “O primo Basílio” (1988), em que interpretou a vilã
Juliana, e “Os Maias” (2001), em que interpretou Maria Monforte. Na
minissérie “JK", fez a ex-primeira dama do Brasil Sarah Kubitschek.
Do G1 Rio
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