Em uma nota divulgada pelo Metrô Rio, o acidente aconteceu às 11h45, quando as aduelas tombaram sobre a calçada da Rua Visconde de Pirajá, atingindo um homem que passava pelo local. A vítima foi socorrida em uma ambulância do Consórcio Linha 4 Sul, formado pelas empreiteiras Odebrecht Infraestrutura, Carioca Engenharia e Queiroz Galvão. Segundo a nota, ele estava lúcido e passaria por exames. O Consórcio acrescentou que apura as causas do acidente.
Segundo o coronel Lessa, da guarnição do Corpo de Bombeiros de Copacabana, oito aduelas foram deslocadas e caíram sob a calçada. Cada peça tem peso de oito toneladas, aproximadamente. No entanto, a assessoria do Consórcio afirma que foram apenas duas peças que tombaram.
A consultora de vendas Rosimary Mesquita Camargo, que trabalha em uma loja que fica bem próxima ao local do acidente, conta que ouviu um estrondo e teve início uma correria. Ela viu pessoas passando mal e as suas colegas de trabalho foram até a obra para ver o que estava acontecendo. "Elas falaram que tinha um senhor sangrando muito, embaixo do concreto. Um rapaz passou por aqui gritando, desesperado e tinha outras pessoas em estado de choque", relata. "Passamos por esta calçada todos os dias, podia ter acontecido com qualquer um. Fui até lá ver com medo de ser minha filha, que passa sempre por ali. Isso é preocupante", acrescenta Rosimary.
Em maio do ano passado, uma pessoa morreu e outra ficou ferida em um acidente ocorrido na nas obras da Linha 4 do Metrô Rio. Na época, o Consórcio informou que o funcionário da equipe de manutenção, Abraão Gonçalves de Almeida, de 44 anos, tinha sido levado para o Hospital São Lucas, mas não resistiu. Um outro operário ferido, Rafael Carvalho Ferreira, de 30 anos, sofreu escoriações leves. O acidente aconteceu na entrada do canteiro de obras da Rua Barata Ribeiro, esquina com a Rua Djalma Ulrich.
Segundo o delegado responsável pelas investigações do caso, Gilberto Ribeiro, um duto de ar-condicionado se rompeu provocando um deslocamento dos dois funcionários em um túnel de manutenção das obras de expansão do metrô. Ainda de acordo com o delegado, os funcionários afirmaram que o duto havia acabado de passar por uma manutenção e que as causas ainda estão sendo investigadas.
No mesmo período, duas crateras se abriram nas obras do metrô de Ipanema, o que levou a instauração de um inquérito pela delegada Monique Vidal, titular da 14ª DP (Leblon). Os buracos apareceram na Rua Barão da Torre, durante atividades de escavação da Linha 4. Possível exposição ao perigo da vida, da integridade física e do patrimônio dos moradores da área foram focos das investigações. Moradores da região fizeram manifestações em torno do acidente e pediram às autoridades mais segurança nas ações do consórcio.
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