domingo, 1 de junho de 2014

Sudão anuncia que vai libertar cristã condenada à morte por renegar Islão


Sudão anuncia que vai libertar cristã condenada à morte por renegar Islão

FÁTIMA MARIANO
 
O subsecretário dos Negócios Estrangeiros sudanês, Abdullahi Alzareg, revelou à BBC que a jovem médica deverá ser libertada nos próximos dias, na sequência das críticas, que chegaram um pouco de todo o mundo, à pena aplicada.
 
foto AFP
Sudão anuncia que vai libertar cristã condenada à morte por renegar Islão
O marido de Meriam com a filha mais nova
 
Meriam Yehya Ibrahim (o seu nome cristão), de 27 anos, foi condenada, no dia 15 de maio, a 100 chicotadas por adultério e à morte por enforcamento pelo crime de apostasia. Na altura, estava grávida de oito meses.
A bebé, Maya, acabou por nascer na quarta-feira, na prisão, uma vez que a mãe não foi autorizada a dar à luz num hospital. Segundo denunciou o marido ao jornal britânico "The Telegraph", Meriam esteve sempre com as pernas acorrentadas.
Daniel Wani, um cristão do Sudão do Sul naturalizado americano, só conseguiu ver a bebé- e o filho, Martin, de 20 meses, que está também com a mãe na prisão - no dia seguinte na companhia do advogado da família.
Ao jornal "MailOnline", Daniel elogiou a força da mulher. "Ela é muito, muito corajosa. Muito mais corajosa do que eu", sublinhou.
Meriam e Daniel, que é paraplégico, casaram em 2011, mas o tribunal sudadês anulou o matrimónio com base na lei islâmica, que proíbe o casamento de mulheres muçulmanas com homens de outras religiões (os homens muçulmanos podem casar fora da religião).

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