Refinaria iraquiana cai nas mãos dos jihadistas
Primeiro-ministro Nuri Al-Maliki pediu aos terroristas
que deponham as armas, mas estes responderam com um ataque a uma
refinaria onde são produzidos 300 mil barris de petróleo por dia.
A maior refinaria de petróleo do Iraque, 210
quilómetros a norte de Bagdade, foi atacada na madrugada desta
quarta-feira por extremistas islâmicos. Um responsável pela refinaria
disse à "Reuters" que os terroristas controlam 75% das instalações,
entre as quais "unidades de produção, o edifício administrativo e quatro
torres de vigia".
Por volta das duas da manhã, os assaltantes atacaram
duas das três principais entradas da refinaria. Seguiu-se um intenso
tiroteio entre as forças governamentais e os jihadistas, que envolveu
disparos de morteiro e de metralhadora. Um armazém com peças de
manutenção foi incendiado e alguns reservatórios de petróleo destruídos.
Alguns trabalhadores estrangeiros foram transferidos
antes do ataque, mas os funcionários locais mantiveram-se nos seus
postos de trabalho, enquanto militares iraquianos tentavam defender as
instalações. O exército iraquiano dá conta da morte de 40 terroristas
durante o ataque, reivindicação que ainda não foi confirmada.
A refinaria de Baji produz mais de um quarto do total
do petróleo refinado no país - 300 mil barris por dia -, para consumo
doméstico e abastecimento de centrais elétricas.
Al-Maliki acusa Arábia Saudita
Há cerca de duas semanas que sunitas radicais e
militantes do Estado Islâmico do Iraque e do Levante (EIIL) avançam
sobre várias cidades do norte do Iraque, levando a cabo massacres e
destruindo tudo à sua passagem. Relatos dão conta de combates na cidade
oriental de Ramadi, bem como de ataques aéreos do exército iraquiano
contra os rebeldes que se encontram já a 60 quilómetros da capital,
Bagdade.
Em declarações gravadas na capital, e transmitidas pela
televisão iraquiana esta terça-feira, o primeiro-ministro Nuri
al-Maliki apelou à unidade nacional e à deposição das armas de todas
forças não-governamentais. Al-Maliki demitiu quatro comandantes do
exército iraquiano, por terem sido incapazes de travar a ofensiva no
norte do país, e acusou firmemente a Arábia Saudita, de maioria sunita,
de apoiar o EIIL.
O Presidente iraniano, Hassan Rohani afirmou que Teerão
não "poupará esforços" para defender os lugares santos xiitas no Iraque
contra "mercenários, assassinos e terroristas", respondendo a alegações
que dão conta da presença em Bagdade de Qasem Soleimani, chefe da força
de elite Quds da Guarda Revolucionária Iraniana, para ajudar a
coordenar os combates contra os islamitas radicais.
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