domingo, 22 de junho de 2014

Tribunal confirma pena de morte massiva para Irmandade Muçulmana

Tribunal confirma pena de morte massiva para Irmandade Muçulmana
Redação
 
Cartaz de Mohamed Morsi, presidente deposto (foto AP)
O tribunal de Minya, no Egito, confirmou hoje a condenação à morte de 183 alegados apoiantes do presidente deposto Mohamed Morsi, incluindo o chefe da Irmandade Muçulmana, Mohamed Badie, responsabilizando-os pelas manifestações violentas no Cairo durante o verão de 2013.

Em abril 683 pessoas tinham sido condenadas à morte por terem participado numa manifestação pro-Morsi, que ficou assinalada pela morte de 700 pessoas em confrontos com as forças de segurança.

Deste total quatro pessoas viram a pena ser transformada em prisão perpétua e 496 foram ilibadas.

As Nações Unidas denunciaram a atuação deste juiz que, em poucos minutos, condenou à morte 683 pessoas e 492 a prisão perpétua, considerando trata-se «a maior morte em massa» da História recente da humanidade.

Desde a deposição de Morsi a 3 de julho de 2013, estima-se que cerca de 1 400 manifestantes tenham morrido e cerca de 15 mil pessoas tenham sido detidas. A Irmandade Muçulmana foi entretanto declarada «organização terrorista».

Esta decisão do tribunal surge duas semanas depois de Abdel Fattah al-Sissi, que destituiu Morsi, ter prestado juramento como presidente.
     

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