Tribunal confirma pena de morte massiva para Irmandade Muçulmana
Redação
O tribunal de
Minya, no Egito, confirmou hoje a condenação à morte de 183 alegados
apoiantes do presidente deposto Mohamed Morsi, incluindo o chefe da
Irmandade Muçulmana, Mohamed Badie, responsabilizando-os pelas
manifestações violentas no Cairo durante o verão de 2013.
Em
abril 683 pessoas tinham sido condenadas à morte por terem participado
numa manifestação pro-Morsi, que ficou assinalada pela morte de 700
pessoas em confrontos com as forças de segurança.
Deste total quatro pessoas viram a pena ser transformada em prisão perpétua e 496 foram ilibadas.
As
Nações Unidas denunciaram a atuação deste juiz que, em poucos minutos,
condenou à morte 683 pessoas e 492 a prisão perpétua, considerando
trata-se «a maior morte em massa» da História recente da humanidade.
Desde
a deposição de Morsi a 3 de julho de 2013, estima-se que cerca de 1 400
manifestantes tenham morrido e cerca de 15 mil pessoas tenham sido
detidas. A Irmandade Muçulmana foi entretanto declarada «organização
terrorista».
Esta decisão do tribunal surge duas semanas depois
de Abdel Fattah al-Sissi, que destituiu Morsi, ter prestado juramento
como presidente.
Nenhum comentário:
Postar um comentário