Preocupado
com o reflexo que recentes suspeitas de corrupção e outras
irregularidades envolvendo petistas podem ter na campanha eleitoral
deste ano, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva orientou a cúpula
do partido a responder com rapidez sempre que surgirem casos como o do
deputado estadual Luiz Moura (PT-SP), flagrado numa reunião com membros
da organização criminosa PCC.
A ordem é
dar “respostas imediatas”, segundo um interlocutor de Lula, seguindo
padrão adotado no caso do deputado André Vargas (PT-PR), que foi forçado
a se desfiliar do partido após a revelação de sua ligação com o doleiro
Alberto Youssef, acusado de comandar um esquema de lavagem de dinheiro.
“Ou a gente endurece no tema corrupção, ou podemos ir para casa”, disse
um aliado da presidente Dilma Rousseff, que concorre à reeleição.
Na avaliação
da cúpula do PT, casos como o de Vargas e Moura são especialmente
danosos para a imagem do partido por associarem petistas a criminosos
comuns. “Isso desgasta muito mais”, lamenta um interlocutor de Lula. O
partido sofreu nos últimos anos por causa do escândalo do mensalão, que
levou à prisão ex-dirigentes como o ex-ministro José Dirceu, mas muitos
eleitores associam o caso a crimes de natureza política, o que
provocaria desgaste menor do que o causado por Vargas e Moura.
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