Senador apresenta pedido para criar CPI da CBF
Da Folha Online
O senador Mario Couto (PSDB-PA) pediu
nesta quarta-feira a criação de CPI (comissão parlamentar de inquérito)
no Senado para investigar a CBF (Confederação Brasileira de Futebol). O
objetivo do senador é apurar o uso abusivo de poder econômico nas
eleições da entidade desde o ano 2000 --com foco nas gestões do
ex-presidente da instituição Ricardo Teixeira.
Couto reuniu 33 das 27 assinaturas necessárias para a criação da CPI. Os
senadores que assinaram o requerimento têm até a meia-noite de hoje
para retirarem apoio, já que o pedido de criação foi apresentado nesta
quarta-feira.
A retirada de assinaturas é comum no Congresso, especialmente se houver
pressão do governo sobre senadores aliados do Palácio do Planalto que
assinaram o pedido. O prazo de meia-noite é fixado pelo regimento
interno do Congresso.
Se pelo menos 27 assinaturas forem mantidas, a criação da CPI será lida
no plenário do Senado na semana que vem. Em seguida, os líderes
partidários terão que indicar seus membros para que ela comece a
funcionar.
Couto disse que pretende apurar denúncias de que a CBF oferece dinheiro
para que as federações de futebol elejam sua cúpula. "O fluxo é o
seguinte: o presidente da federação recebe favores do presidente da
confederação para que ele fique na sua mão. E assim o presidente da
confederação se perpetua no cargo. São mais de 20 Estados em que
presidentes de federações têm mais de dez anos de mandato", disse o
tucano.
O senador, que pretende se eleger presidente da CPI, disse que também
quer investigar os gastos do governo federal na Copa de 2014, incluindo
os destinados a obras de infraestrutura nas cidades-sede. "Tudo vai ser
incluído, a CBF vai ser fiscalizada no seu geral. Não me interessa que
estamos próximos da Copa, a minha obrigação é fiscalizar a qualquer
momento."
Couto disse esperar que a CPI seja instalada porque, na opinião do
tucano, o governo federal não será o principal alvo da comissão. "Não há
nada que incomode o governo federal, que possa atingir a presidente
Dilma Rousseff, ao contrário. Isso pode até beneficiá-la. Acho que
nenhuma assinatura será retirada."
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