Por Redação - Rádio Gospel FM
O chefe de gabinete do ministro da Fazenda Guido Mantega, Marcelo
Fiche, e seu secretário-adjunto, Humberto Alencar, ambos acusados de
receber propina de uma empresa de comunicação empresarial para
favorecê-la em contratos com o governo, pediram demissão nesta
sexta-feira (29).
Após as denúncias, que vieram à tona em reportagem publicada na
revista Época, Fiche saiu de férias para se defender das acusações. No
entanto, ele decidiu não voltar à chefia de gabinete para que as
“investigações sejam feitas com tranquilidade”.
Na carta de demissão, Fiche afirma esperar que os esclarecimentos sejam feitos de forma rápida e reafirma sua inocência.
— Tenho sido atacado injustamente, inclusive com ilações mentirosas
sobre a minha vida privada na imprensa. Não sei a que interesses servem
tais ataques, mas posso dizer com toda tranquilidade que fizemos um
processo licitatório para contratação de empresa de assessoria de
imprensa do Ministério com todo zelo e respeito pela coisa pública.
Na carta, ele explica ainda que seu secretário-adjunto também não retornará das férias pelo mesmo motivo.
Acusações
As denúncias de recebimento de propina dentro do Ministério da
Fazenda foram feitas pela secretária da empresa Partners, companhia
contratada para fazer assessoria de imprensa da pasta.
A funcionária, responsável pelas tarefas burocráticas da empresa,
procurou a imprensa para contar que era também encarregada de sacar e
levar pessoalmente o dinheiro a Fiche e Alencar. Segundo a reportagem,
os dois teriam recebido das mãos da secretária um total de R$ 60 mil.
O pagamento era feito em troca de favorecimento à empresa em
contratos firmados com o Ministério da Fazenda. A suspeita é de que a
Partners teria vencido o pregão eletrônico mesmo sem apresentar toda
documentação necessária e que os serviços cobrados eram superfaturados.
Leia a íntegra da carta de demissão
Diante das notícias veiculadas hoje por alguns veículos de
imprensa, informo que pedi ao ministro Guido Mantega para, ao final das
minhas férias, não retornar à chefia de gabinete. Dessa forma, contribuo
para que as investigações ora em curso sejam feitas com toda
tranquilidade e com a maior celeridade possível para que a verdade seja
restaurada e as mentiras que foram publicadas sobre a minha pessoa sejam
rapidamente derrubadas.
Tenho sido atacado injustamente, inclusive com ilações mentirosas
sobre a minha vida privada na imprensa. Não sei a que interesses servem
tais ataques, mas posso dizer com toda tranquilidade que fizemos um
processo licitatório para contratação de empresa de assessoria de
imprensa do Ministério com todo zelo e respeito pela coisa pública e
que, por ter sido pela modalidade pregão eletrônico (menor preço) em vez
de técnica e preço, gerou uma grande economia aos cofres públicos.
Informo também que, a pedido dele mesmo, e com o mesmo
objetivo, o chefe da assessoria técnica, Humberto Alencar, também não
retornará a sua função ao final de suas férias.
(*) Com informações do R7
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