Os líderes partidários da Câmara dos Deputados decidiram nesta terça-feira que a proposta de acabar com os chamados 14º e 15º salários parlamentares será votada hoje no plenário da Casa. O projeto de decreto legislativo já foi aprovado pelo Senado, mas espera votação pelos deputados desde setembro do ano passado.
‘O Senado já tinha aprovado e a proposta recebeu parecer da comissão especial da Câmara em setembro passado. Todos os líderes assinaram o requerimento de urgência que será votado nesta quarta. Essa não é uma decisão do presidente, mas de todos os líderes para o bem da Casa, do Parlamento e do país’, disse o presidente da Câmara, deputado Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN).
Ele explicou que a proposta não acaba definitivamente com o benefício. Pela regra a ser votada, cada parlamentar terá direito a receber dois salários extras ao longo do mandato: um no início e outro no final da legislatura. Atualmente, o benefício, no valor de R$ 26,7 mil, é pago anualmente em fevereiro e dezembro.
‘É uma vergonha nacional, indefensável e inexplicável’, frisou o líder do PSDB na Câmara, deputado Carlos Sampaio (SP). ‘Temos que ter uma situação equânime com todo o cidadão brasileiro’, reforçou o líder do governo, deputado Arlindo Chinaglia (PT-SP).
Os líderes também decidiram que na primeira semana de abril serão colocados em votação temas relacionados à reforma política, mesmo que não haja consenso. ‘O que desgasta a imagem da Casa é a omissão. Quero que a Câmara passe a votar. O que dita a Casa e a sua imagem é a indecisão e isso tem que acabar. Temos que colocar em pauta os projetos e quem tiver voto para ganhar, ganhe e quem não tiver que respeite o resultado’, ressaltou Henrique Alves.
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