O julgamento durou cinco dias no Fórum da Barra Funda, na zona oeste de São Paulo
Após quase nove anos, o ex-seminarista Gil Rugai foi condenado a 33
anos e nove meses de prisão nesta sexta-feira (22) pela morte do pai e
madrasta a tiros em março de 2004. O julgamento durou cinco dias no
Fórum da Barra Funda, na zona oeste de São Paulo. A sentença foi
proferida pelo juiz Adilson Paukoski Simoni. Inicialmente, a pena deve
ser cumprida em regime fechado por serem considerados crimes hediondos,
porém, ele poderá recorrer em liberdade.
Gil Rugai foi condenado por duplo homicídio qualificado. O crime de
estelionato prescreveu, por isso não houve condenação. Pela morte do
pai, o réu foi condenado a 18 anos e nove meses de prisão. Pelo
homicídio da madrasta, foram 15 anos de reclusão.
Por volta das 16h, os jurados se reuniram para decidir o futuro do
acusado. Ainda no início da tarde desta sexta, ocorreram os debates
entre acusação e defesa. Cada uma das partes teve uma hora e meia para
expor seus argumentos. O direito a réplica e tréplica, foi dispensado
por ambas as partes.
Na acusação, a Promotoria relatou o suposto desvio de dinheiro das
contas da empresa de Luiz Carlos Rugai, pai de Gil, além de outros
problemas que a família teria com o rapaz.
Gil Rugai é condenado pelas mortes do pai e da madrasta nesta sexta-feira (Foto: Reprodução)
A defesa, por sua vez, voltou a falar sobre registros telefônicos que,
segundo os advogados, mostram que Gil não estava na cena do crime. Os
advogados ainda tentaram tirar a credibilidade das testemunhas ouvidas
pela acusação afirmando que elas teriam mentido ou falado sob coação.
O resultado do júri será decisivo para a partilha da herança dos pais
de Gil Rugai, Luis Carlos Rugai e Alessandra Troitino. A fortuna da
família é estimada em R$ 22 milhões em valores atualizados.
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