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O menor, cujo nome não foi divulgado, não chegou a ser detido pela
polícia boliviana e voltou para o Brasil. De acordo com a Gaviões, o
garoto queria se entregar ainda na Bolívia, mas como a torcida se julga
responsável por ele, preferiu aguardar o retorno a São Paulo.
Alega-se também que, em Oruro, o clima de revolta poderia
representar um risco para o rapaz. Ele retornou no sábado, de ônibus,
com outros torcedores que assistiram à partida contra o San José. O
advogado que representa a torcida organizada afirma que o disparo foi
acidental.
Enquanto o menor não é apresentado à polícia, 12 corintianos estão
na penitenciária de San Pedro. Eles foram indiciados e aguardam
julgamento, mas durante todo o tempo negaram que o autor do disparo
esteja entre eles. O embaixador do Brasil na Bolívia, Marcel Fortuna
Biato, chega a Oruro neste domingo para ajudar os torcedores.
As duas celas que abrigam os torcedores na penitenciária estão
isoladas de outros detentos. Apesar de não haver contato físico e
visual, os corintianos conseguem ouvir os outros presos. De acordo com a
esposa de um dos brasileiros, na chegada eles escutaram os bolivianos
gritando “San José, San José”. O clima, segundo ela, era “assustador”. O
responsável pelo presídio, o coronel Carlos Coritza, admitiu que a
capacidade do local é para 300 presos, mas hoje há cerca de 500 no
local.
No plano esportivo, o Corinthians já foi punido pela Conmebol e
terá de jogar suas partidas como mandante na Libertadores sem torcida,
de portões fechados. Nos jogos fora de casa, corintianos não poderão
comprar ingressos. O clube tenta anular a decisão e aguarda uma posição
da Confederação Sul-Americana.
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