cardeal
Peter Turkson, de Gana, é um dos mais cotados para assumir o cargo
deixado por Papa Bento 16. Turkson é o favorito na bolsa de apostas
irlandesa e pode tornar-se o primeiro paga negro e africano. A escolha
final será divulgada no final deste mês pela Igreja Católica.
A análise
se baseia na expectativa de que o Vaticano deve buscar seu novo líder
fora da Europa. Em 2009, o cardeal ganense comentou a possibilidade de
ser escolhido para comandar a Igreja Católica e se comparou ao
presidente dos Estados Unidos, Barack Obama: “Pela divina providência,
se Deus quiser ver um negro também como Papa, que seja feita Sua
vontade”. O cardeal de Gana, de 64 anos, também é o atual presidente do
Conselho Pontifício para Justiça e Paz.
Ainda na
disputa, há ainda outros dois papas negros: o cardeal nigeriano Francis
Arinze e o canadense Marc Ouellet. Também é um forte candidato Laurent
Monsengwo Pasinya, arcebispo de Kinshasa, no Congo, de 74 anos. Pasinya é
um conhecedor da Bíblia, e foi chamado recentemente por Bento 16 para
conduzir os exercícios espirituais no Vaticano, desempenhando um papel
de mediação na resolução do conflito em seu país.
Peter Turkson tem passado polêmico
Em 2009,
Turkson esteve ao lado do Papa Bento 16 na defesa de que os
preservativos não são uma resposta viável à proliferação da AIDS na
África. “Estamos falando no produto de uma fábrica, e há diferentes
qualidades”, disse, durante uma coletiva de imprensa. “Há preservativos
que chegam em Gana e que, pelo calor, vão se danificar durante o sexo.
Quando isso acontece, ela dá uma falsa sensação de segurança que
facilita a disseminação do HIV”, completou, sem descartar, contudo, o
uso da camisinha no caso de um casal em que um dos cônjuges tenha o
vírus.
Outro
detalhe curioso: em outubro do ano passado, o cardeal Turkson se
envolveu em polêmica ao protagonizar um vídeo postado no Youtube
intitulado “Muslim Demographics”, que apontava o crescimento do Islã na
Europa, durante um encontro internacional de bispos.
A
conversa dava conta de que em 39 anos a França seria uma república
islâmica. O cardeal teve de pedir desculpas pela má repercussão do
vídeo.
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