Agente da polícia da província de Paktika atirou contra membros da força local afegã de madrugada, roubou as armas e conseguiu fugir
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Mukhles Afghan, porta-voz da província localizada na volátil região leste do país, disse que o membro das milícias locais - recrutadas por Cabul para atuar como agentes policiais - conseguiu fugir após matar seus companheiros no distrito de Yhaya Khel.
Foto: AP
Membros das forças de seguranças afegãs buscam militantes do Taleban em Kandahar, no sul do Afeganistão (13/3)
O incidente é o mais recente de uma série de ataques por membros das forças afegãs contra seus próprios integrantes ou contra tropas estrangeiras no Afeganistão.
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Apesar de uma fonte do governo citada pela agência local AIP garantir que o autor dos disparos tem vínculos com a insurgência local, a informação não foi confirmada pelo porta-voz da província.
Os talibãs reivindicaram o ataque por meio de um comunicado em seu site, e informaram que o agressor, identificado como Sanaullah, estava infiltrado nas forças do governo.
"Após o ataque contra as 'marionetes' (denominação talibã para as forças de segurança e as milícias favoráveis ao governo), ele fugiu com um veículo policial com armas e munição", indicou o texto.
Problemas
Apesar de seu apoio ao governo no Afeganistão, as milícias locais têm apresentado problemas para o governo pelas constantes denúncias feitas contra seus agentes.
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Há seis meses, a ONG Human Rights Watch (HRW) denunciou em um relatório que as milícias e os corpos de polícia locais, auxiliados pelo governo afegão e o apoio dos Estados Unidos, cometeram "sérios crimes" com impunidade.
"O governo afegão respondeu à insurgência reativando as milícias, que ameaçam as vidas dos afegãos", segundo a HRW. A ONG internacional acusa ainda o Executivo de não fazer "uma supervisão adequada" de suas ações.
*Com AP e EFE