domingo, 18 de outubro de 2015

Dilma: acordo do Eduardo Cunha não era com governo, era com oposição

Dilma: acordo do Eduardo Cunha não era com governo, era com oposição

Sobre denúncias contra Cunha, ela disse lamentar que seja um brasileiro.
Para Dilma, suspeitas contra ele não prejudicam imagem do país.

Do G1, em Brasília
A presidente Dilma Rousseff durante entrevista à imprensa, em Estocolmo (Foto: Roberto Stuckert Filho/PR)A presidente Dilma Rousseff durante entrevista à imprensa, em Estocolmo (Foto: Roberto Stuckert Filho/PR)
A presidente Dilma Rousseff negou neste domingo (18), durante viagem à Suécia, que o governo tenha feito qualquer acordo com o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), e disse que o acordo dele era com a oposição.

Nos últimos dias, segundo o Blog do Camarotti, com o agravamento das denúncias contra ele, Cunha tem ensaiado uma aproximação com o governo para discutir a possibilidade de ter o seu mandato poupado no processo que responderá no colegiado por suposta quebra de decoro parlamentar. Até então, a estratégia do peemedebista era, respaldado pela oposição, pressionar o governo com a abertura de um processo de impeachment.

“Eu acho fantástica essa conversa de que o governo está fazendo acordo com quem quer que seja. Até porque o acordo do Eduardo Cunha não era com o governo, era com a oposição e é público e notório”, disse Dilma em entrevista coletiva em Estocolmo. Na última quinta-feira (15), Cunha também negou haver qualquer acordo com o govenro.
Segundo a petista, as conversas com presidentes de outros poderes se resumem a votações de matérias no Congresso. “Eu acho estranho atribuírem ao governo qualquer tipo de acordo que não seja acordo que se faz com presidente de poder para passar CPMF [Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira], DRU [Desvinculação das Receitas da União], MPs [medidas provisórias]”, argumentou.
Ao comentar as provas da existência de contas na Suíça contra Eduardo Cunha, a presidente afirmou que "lamenta que seja um brasileiro".
Questionada se as denúncias contra o peemedebista causam constrangimento ao Brasil no exterior, ela respondeu que seria "estranho se causassem". "Ele [Cunha] não integra o meu governo. Eu lamento que seja um brasileiro, se é isso que você [repórter] está perguntando", disse.
Para a presidente, o episódio envolvendo o presidente da Câmara não desgasta a imagem do Brasil. "Eu não diria isso. Acho que se distingue perfeitamente no mundo o país de qualquer um de seus integrantes. Nenhum país pode ser julgado por isso ou por aquilo, nem o Brasil nem a Suécia nem os Estados Unidos. E não se julga assim, acho que essa pergunta [sobre se prejudica ou não] bastante capciosa", afirmou.

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