PE decreta luto oficial de três dias pela morte de Naná Vasconcelos
Governador Paulo Câmara também divulgou nota sobre o percussionista.
Amigos do artista começam a chegar no Hospital da Unimed III
O velório do percussionista acontece às 14h na Assembleia Legislativa de Pernambuco. O corpo já deixou o hospital em direção à sede do Poder Legislativo, na Rua da Aurora, área central do Recife. O enterro será nesta quinta-feira (10), no Cemitério de Santo Amaro, também na área central.
Além do decreto, o chefe do Executivo estadual divulgou nota falando sobre o artista. "Pernambuco acordou triste. O silêncio causado pelo desaparecimento de Naná Vasconcelos em nada combina com a força da sua música, dos ritmos brasileiros que ele, como poucos, conseguiu levar a todos os continentes. Naná era um gênio, um autodidata que com sua percussão inventiva e contagiante conquistou as ruas, os teatros, as academias. Meus sentimentos e a minha solidariedade para com os seus familiares”, diz o texto.
Amigos e familiares do percussionista Naná Vasconcelos começaram a chegar ao Hospital Unimed III. Companheiro de Naná há mais de 20 anos e membro da equipe, o contrarregra Edelvan Barreto, 54 anos, conta que sentiu um aperto no coração quando acordou nessa manhã. "Como eu tinha uma ligação muito forte com ele, senti no meu coração a partida dele. Resolvi vir direto para cá [hospital] e descobri que ele tinha descansado", retrata com voz embargada.
Para Edelvan, que se diz um anjo da guarda do percussionista, Naná deixará um legado de humildade, trabalho humanitário e cultura para o Brasil. "Era um amigo, um irmão. Tínhamos um carinho um com o outro, uma afinidade grande. A lembrança que fica é a mais bela possível. Ele era diferente de todos, um querido e gênio da música", completou o amigo de longa data.
Compositor há 32 anos, Gildo Brasáfrica, 45, tem em Naná um modelo a ser seguido como pessoa e ícone musical. Com arranjos de Ademir Araújo, no dia 9 de fevereiro, ele apresentou uma composição homenageando o percussionista. "Naná ainda vai mover a vida de muito músico por aí. O legado dele será infinito", acredita. O nome da música é "Naná mais de Orixalá".
De acordo com o amigo e porta voz da família, André Brasileiro, Naná estava respirando com dificuldade na terça-feira (8), mas que, mesmo assim, conseguiu compor músicas com os amigos e músicos Gil Jardim e Egberto Gismonti. "Falava com dificuldade, mas fazia as batidas com a mão na perna. Ele estava alegre", recorda André.
Nenhum comentário:
Postar um comentário