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segunda-feira, 21 de março de 2016
EX PRESIDENTE DA VALE E MAIS SEIS MORREM EM QUEDA DE AVIÃO
EX PRESIDENTE DA VALE E MAIS SEIS MORREM EM QUEDA DE AVIÃO
Roger Agnelli, ex-presidente da Vale, morreu hoje aos 56 anos, em um
acidente de avião. Ele estava acompanhado da família: a esposa Andréia,
os filhos João e Carolina, a nora, o genro e o piloto. A aeronave caiu
na Zona Norte de São Paulo, por volta das 15h20, logo após decolar, a
cerca de 200 metros da pista de pouso do Campo de Marte.
Eles estavam a caminho do aeroporto Santos Dumont, no Rio de Janeiro,
onde eram esperados para um casamento de um sobrinho do executivo.
Roger foi o responsável pelo processo de internacionalização da Vale, o
que a tornou a segunda mineradora do mundo. O avião caiu em cima de
uma casa, mas os cinco moradores sofreram ferimentos leves. Morreram os
sete ocupantes da aeronave.
Uma testemunha disse ter visto a
aeronave voando mais baixo que o normal, e logo após cair, deixou uma
casa e um carro completamente carbonizados.
(foto: Divulgação)
O empresário comandou a Vale entre 2001 e 2011. Durante a crise
econômica mundial de 2008, ele entrou em conflito com o governo ao
demitir milhares de pessoas, o que provocou a ira do então presidente
Lula. Mas o executivo não recuou. Antes de assumir a presidência da
Vale, Roger trabalhou no Bradesco, onde chegou muito jovem. O Bradesco é
um dos principais acionistas da mineradora, que foi privatizada em
1996.
Em setembro de 2011, durante a cerimônia em que receberia
um prêmio em NovaYork, a presidente Dilma Rousseff teve uma surpresa:
recebeu uma rosa. Mostrando que não guardava mágoas por ter saído da
presidência da Vale por pressão do governo, Agnelli pegou uma flor de
um arranjo e entregou à presidente. No começo de 2015, ele chegou a ser
cotado para substituir Graça Foster no comando da Petrobras.
(foto: Divulgação)
Currículo
Durante os 10 anos em que Roger Agnelli presidiu a Vale, a companhia se
consolidou como a maior produtora global de minério de ferro e a segunda
maior mineradora do mundo. Foi durante sua gestão que a Vale adotou uma
estratégia de expansão global, comprou a mineradora canadense Inco, se
tornando a segunda maior produtora de níquel do mundo, e também a
Fosfértil, que fez da empresa um importante player no mercado de
fertilizantes. Roger soube tirar proveito do superciclo da mineração e
do aumento da demanda chinesa por minério de ferro e adotou uma nova
política de reajuste do preço que levou a Vale a um novo patamar no
mercado global de minério. Durante a gestão de Roger, as ações da
empresa registraram uma valorização de 1.583%.
Formado em Economia pela Fundação Armando Álvares Penteado (FAAP),
Agnelli desenvolveu sua carreira profissional no Grupo Bradesco, onde
trabalhou de 1981 a 2001. Em 1998, Roger assumiu a posição de
diretor-executivo do Banco Bradesco, onde permaneceu até 2000, ano em
que se tornou Presidente e CEO da Bradespar. Antes de ser escolhido como
diretor-presidente da Vale, Roger Agnelli foi presidente do Conselho de
Administração da empresa. Ele também foi membro do conselheiro de
administração de importantes empresas do país e no exterior, entre elas
Petrobras, Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), Companhia Paulista de
Força e Luz (CPFL), Latasa, Suzano Petroquímica, Brasmotor, Rio Grande
Energia, VBC Energia S.A., Duke Energy, Spectra Energy, entre outras. Em
2012, Roger Agnelli foi escolhido pela “Harvard Business Review” e o
Insead como o quarto CEO com melhor desempenho no mundo e único
brasileiro no ranking.
Após deixar a Vale, Roger Agnelli fundou a AGN, uma holding com projetos na área de mineração, logística e bioenergia.
Tragédia O
avião decolou às 15h20 e caiu três minutos depois, na altura do número
110 da Rua Frei Machado, no Jardim São Bento. Pouco tempo depois, o
Corpo de Bombeiros enviou 15 viaturas ao local. Quarenta e cinco homens
trabalharam no resgate. A Força Aérea Brasileira (FAB) enviou uma equipe
ao local para verificar as condições que levaram ao acidente. Até as 20
horas, não havia informações sobre o que ocorreu. O Corpo de Bombeiros
ainda mantinha cinco viaturas no local.
O proprietário da casa,
Armando Carrara, de 65 anos, estava no terraço brincando com o neto de
jogar dados quando foi avisado pelo genro de que um avião ia bater na
casa. "Eu não vi nada. Só escutei gritando comigo. Peguei meu neto pelos
braços e corri para o fundo da casa". Segundo ele, os automóveis da
família foram todos destruídos pelas chamas do avião, que bateu em um
muro do sobrado e caiu na garagem.
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