Egípcio é preso após sequestrar avião e manter reféns
Da Redação e Estadao Conteudo
Ainda não se sabia a motivação do autor do sequestro, mas o presidente do Chipre, Nicos Anastasiades, disse que o sequestro "não era algo que tenha a ver com terrorismo". Uma autoridade do governo cipriota, que pediu anonimato, disse que o homem "parecia estar apaixonado".
Há diversas versões para a motivação do sequestro. A polícia do Chipre afirmou que o homem exigiu a libertação de 63 mulheres presas no Cairo. Uma rádio local também disse que o homem teria pedido asilo ao Chipre, onde sua mulher viveria.
Anastasiades, que falou ao lado do presidente do Parlamento Europeu, Martin Schulz, na Nicósia, foi questionado por repórteres sobre se poderia confirmar que o incidente tinha ocorrido por causa de uma mulher. "Sempre há uma mulher", respondeu a autoridade.
Uma autoridade de aviação civil, que pediu anonimato, disse que o homem deu aos negociadores o nome de uma mulher que vive no Chipre e enviou a ela um envelope. A relação entre o homem e a mulher não estava clara.
O voo MS181 decolou da cidade de Alexandria, no Mediterrâneo, e seguiria para o Cairo com pelo menos 55 pessoas a bordo, entre elas 26 estrangeiros, e uma tripulação de sete membros. Não estava claro ainda o nome do sequestrador. Em entrevista coletiva no Cairo, o ministro da Aviação Civil do Egito, Sharif Fathi, recusou-se a identificá-lo.
Um porta-voz do governo egípcio, Hossam al-Queish, disse anteriormente que o sequestrador era Ibrahim Samaha. Uma mulher egípcia que se identificou como a mulher de Samaha, porém, disse que seu marido não era o sequestrador e que o companheiro estava seguindo para o Cairo para, em seguida, voar para os EUA para uma conferência.
O avião pousou no aeroporto da cidade cipriota de Larnaca, no sul do país. Segundo o Egito, havia oito norte-americanos, quatro britânicos, quatro holandeses, dois belgas, um francês, um italiano, dois gregos e um sírio a bordo. Três estrangeiros ainda não foram identificados.
O incidente gera preocupação sobre a segurança nos aeroportos egípcios, cinco meses após uma aeronave russa ter um acidente minutos após decolar do resort egípcio de Sharm el-Sheikh. Todas as 224 pessoas a bordo morreram no acidente. O governo russo disse posteriormente que um explosivo derrubou a aeronave e o Estado Islâmico assumiu a responsabilidade. Fonte: Associated Press e Dow Jones Newswires.
Nenhum comentário:
Postar um comentário