Temporal no Rio Grande do Sul afeta mais de 44 mil pessoas no estado
Nível do Rio Guaíba chegou a maior marca dos últimos 74 anos.
Porto Alegre já fechou comportas do sistema de proteção de cheias.
Dona Veridiana Figueiró, que é vendedora, e mais 224 pessoas vão passar a noite em um ginásio de esportes em Porto Alegre. Para acomodar melhor os moradores que estão fora de casa foram colocadas essas fitas, que separam as áreas de dormitórios e o critério para que as pessoas dividam o mesmo espaco é a proximidade. Alguns são vizinhos e outros são da mesma familia.
"Minha cunhada trouxe a televisão, eu trouxe microondas para fazer mamadeira e assim a gente vai indo, né? Agora meu microondas está lá para todo mundo usar, todo mundo que está aqui vai utilizar meu microondas que eles vão instalar hoje ali", conta a dona de casa Fabiane Soares.
Na segunda-feira (12), o nível do Rio Guaíba alcançou 2,94 metros acima do nível normal, uma marca histórica, abaixo apenas da enchente de 1941, quando chegou a quase cinco metros. A prefeitura da capital fechou todas as comportas do sistema de proteção de cheias na área portuária da cidade, o que não acontecia desde 1972.
No abrigo, as famílias contam com ajuda de outras pessoas. Durante toda a segunda (12), teve fila para a entrega de doações. Foram mais de 4 toneladas de alimentos, roupas e material de limpeza foram arrecadadas e toda a comida do jantar também foi doada e feita por voluntários.
Em todo o Rio Grande do Sul, 7,6 mil pessoas estão fora de casa ou em abrigos. Dez cidades decretaram situação de emergência.
Por causa das enchentes, a capitania dos portos suspendeu na noite de segunda-feira (12) toda a navegação no Rio Guaíba, em Porto Alegre, incluindo o serviço de catamarã, que faz o transporte de passageiros.
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