Explosões na Turquia deixam mortos e feridos
Bombas explodiram simultaneamente durante manifestação pela paz.
Explosões ocorreram em frente à Estação Central de trens da capital, Ancara.
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As explosões aconteceram durante uma manifestação sindical em favor da
paz no país. Segundo o ministro turco da Saúde, Memet Müezzinoglu, as
explosões mataram 86 pessoas e feriram outras 186, sendo que 28 estão
com ferimentos graves. "Sessenta e duas pessoas morreram no ato, e
outras 24 faleceram no hospital."A manifestação contava com milhares de participantes e foi convocada pelos colégios de Engenheiros e Médicos e dois sindicatos de esquerda.
Autoridades investigando informações de que um homem-bomba detonou seus explosivos e que as explosões foram um atentado terrorista. Um oficial turco, que não quis se identificar, disse à Reuters que nenhum veículo foi destruído nas explosões.
"Existem provas claras que demonstram que este ataque foi lançado por dois suicidas", afirmou o primeiro-ministro islamita-conservador turco, Ahmed Davutoglu, que também anunciou três dias de luto nacional pela tragédia.
A representante da política externa da União Europeia, Federica Mogherini, convocou a Turquia a permanecer unida contra os terroristas. "O povo turco e todas as forças políticas devem permanecer unidas diante dos terroristas e contra todos os que tentam desestabilizar o país, que enfrenta muitas ameaças."
Imagem
tirada de um vídeo feito pela fonte local "Dokuz8 Haber" mostra o
momento da explosão na Turquia (Foto: AFP PHOTO/DOKUZ 8 - VIDEO GRAB )
O gabinete do primeiro-Ministro turco Ahmet Davutoglu informou que ele
se reuniu com o vice-primeiro-ministro Yalcin Akdogan, funcionários do
governo e chefes de segurança, para discutir o caso. "Condenamos este
ataque atroz contra nossa democracia e a paz de nosso país", disse o
ministério.O presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, condenou o atentado e o comparou aos ataques da guerrilha curda contra soldados e policiais turcos.
Erdogan chamou a tragédia de "um abominável ataque contra a unidade e convivência", e acrescentou que ele "não se distingue em nada dos atos de terror contra cidadãos inocentes, servidores, policiais e soldados", em referência às ações do Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK).
"Somos contra todo tipo de terror e de organização terrorista. Devemos estar todos unidos contra isso, trabalharemos juntos para esclarecer (os atentados). Acredito que os responsáveis serão conhecidos o quanto antes e entregues à Justiça.", disse Erdogan.
O ataque ocorre a três semanas das eleições legislativas antecipadas, previstas para o dia 1º de novembro. O clima político está abalado pelos confrontos diários e sangrentos entre as forças turcas e os rebeldes do Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK) no sudeste de maioria curda.
A cúpula do PKK anunciou neste sábado que estabelecerá um cessar-fogo unilateral até as eleições. Em comunicado, divulgado pela agência curda Firat, o PKK diz que seus militantes "suspenderão as ações previstas" e "evitarão todo movimento, salvo em defesa própria", medidas tomadas para evitar as acusações do governo turco de que a guerrilha põe a segurança do pleito em perigo.
EUA condenam ataque
Os Estados Unidos condenaram o "terrível atentado terrorista" na capital turca, denunciando a "depravação" de seus autores.
"O fato de este ataque ter ocorrido antes de uma manifestação pela paz planejada ressalta a depravação daqueles por trás do mesmo e serve como um lembrete da necessidade de enfrentar desafios de segurança compartilhados na região", informou a Casa Branca em um comunicado.
Ferida recebe auxílio após explosões na Turquia (Foto: Adem Altan / AFP Photo)
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